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Salvador Namburete “oculta” maus serviços do seu sector aos parceiros de cooperação

Dos 128 distritos que compõem o território moçambicano, 112 já estão electrificados e em relação aos outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) Moçambique está, neste momento, entre as três primeiras nações com uma elevada taxa de cobertura da rede eléctrica, de acordo os dados do Ministério da Energia, Salvador Namburete. Entretanto, dentre vários problemas, os moçambicanos continuam a consumir energia de baixa qualidade e os cortes no fornecimento são sistemáticos, para além de danificação de bens dos clientes sem reposição, por vezes.

O ministro da Energia, Salvador Namburete, disse, no decurso da reunião conjunta de consultas com os parceiros de cooperação, esta quarta-feira (23), em Maputo, que o Programa Quinquenal do Governo e o Plano Económico e Social do sector da Energia para 2013 permitiram que os distritos ligados à corrente eléctrica passassem de 100 para 112 este ano. Esta melhoria de fornecimento de energia às populações contribui para a atracção de investimentos, a promoção do uso da energia no processo de produção, entre outros aspectos.

Nesse encontro, o governante destacou os aspectos positivos do seu sector e ignorou os que tiram sono ao povo, como, por exemplo, o facto de a Electricidade de Moçambique (EDM) não estar a conseguir prover energia de qualidade e a todo tempo. Esta terça-feira (23), por exemplo, os clientes da EDM passaram a noite às escuras, para além de que durante a tarde houve corte por largos minutos a havia oscilação da corrente.

Uma das estratégias do Governo para responder a demanda da energia no país passa pela implementação de projectos de geração de fontes energéticas diversificadas, segundo Namburete, para quem a implementação e uso de novas fontes de energia têm contribuído para expansão da rede eléctrica, criação de condições adequadas de prestação de serviços públicos de saúde, educação e abastecimento de água.

Actualmente, o sector encontra-se a construir fábricas de painéis solares em Maputo, que permitirão aumentar a capacidade de abastecimento e consumo de energia e tornar as diferentes actividades mais sustentável, bem como reduzir o uso de fontes menos limpas, vincou Namburete.

Na componente dos combustíveis, o ministro apontou como ganhos o aumento da capacidade de armazenagem nos portos nacionais e a reabilitação de infra-estruturas, para além da introdução do programa de incentivo geográfico, que permitiu o aumento dos postos de abastecimento para 340.

“Estão também em curso os projectos de projecção e construção de novas terminais petrolíferas no distrito de Palma, na província de Cabo Delgado e em Tete”, disse Namburete e explicou, também, que decorrem ainda obras de ampliação e construção do sistema de armazenagem e manuseamento do gás doméstico nas cidades da Matola e Beira, nas províncias de Maputo e Sofal.

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