A Troika de Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) solidarizou-se formalmente com o drama de terrorismo enfrentado por Moçambique e demandou aos seus Estados membros a apoiarem no combate ao Al Shabaab na Província de Cabo Delgado. “Recebemos grande solidariedade e grande encorajamento”, declarou o Presidente Filipe Nyusi.
Apesar das medidas de prevenção contra a covid-19 recomendarem o distanciamento social os presidentes de Moçambique, Zimbabwe, Zâmbia e do Botswana reuniram-se nesta terça-feira (19) em Harare para ponderarem sobre o terrorismo no nosso país e as tensões políticas existentes no Lesotho e no Malawi.
No término do encontro extraordinário a Troika, presidida por Emmerson Mnangagwa, “condenou veementemente os ataques armados e actos de sabotagem perpetrados por terroristas e grupos armados em alguns distritos da Província de Cabo Delgado”.
“A Cimeira Extraordinária da Troika do Órgão Mais Moçambique comprometeu-se e instou os Estados-Membros da SADC a apoiar o Governo de Moçambique na luta contra os grupos terroristas e armados que actuam em alguns distritos da Província de Cabo Delgado”, refere ainda um comunicado do órgão.
O Norte da Província de Cabo Delgado é assolado por terrorismo desde finais de 2017 perpetrado por grupos armados apelidados pelos locais por Al Shabaab, embora não tenham nenhuma ligação com o grupo homónimo da Somália.
Falando à jornalistas após a cimeira extraordinária o Presidente Filipe Nyusi declarou que o terrorismo começou “na Tanzânia, depois vieram para nós, entram e saem, e é preciso, com alguma antecipação podermos partilhar as experiências e as realidades e saber que tipos de apoios. Aqui de facto recebemos grande solidariedade e grande encorajamento”.