O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, reiterou o apoio dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) aos outros estados membros em situação de crise política, mas recordou que eles são os principais actores, devendo, por conseguinte, delegar essa responsabilidade a si próprios.
Guebuza, que é igualmente Presidente em exercício da Troika do “órgão da SADC para Política, Defesa e Segurança, discursava hoje em Windhoek, capital da Namíbia, na sessão de abertura do encontro deste organismo que vai preparar o relatório a ser submetido a Cimeira Ordinária do bloco regional.
“Convocamos este encontro para em conjunto prepararmos o relatório do “órgão que será submetido, Segunda-feira, a cimeira”, disse o estadista moçambicano, apontando que por se tratar duma obra construída por todos os líderes regionais ao longo dos últimos 12 meses, é igualmente justo que todos emprestem o seu contributo.
Na ocasião, Guebuza endereçou uma saudação especial ao ex-Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, mediador da SADC para o processo malgaxe e ao Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, facilitador do processo político do Zimbabwe.
Os dois líderes assim como o chefe da equipa de facilitação do processo do Lesotho, Philip Mukuku, têm, segundo Guebuza, sabido levar as partes a persistirem e a aprimorarem o diálogo interno. Os três processos cuja resolução tardia compromete, em parte, o processo de integração regional são, segundo o presidente da Troika, complexos exigindo persistência e capacidade de articular esperança mesmo em situações em que o cidadão comum não vislumbra saída.
Porém, os facilitadores e mediadores, com forte sentido de missão, têm sabido promover junto das partes uma atitude positiva para, no seu patriotismo, se descobrirem como irmãos e consolidarem o respeito mútuo.