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Rússia oferece resistência, mas EUA impõe-se e avançam para as semis

Rússia oferece resistência

O primeiro tempo deu o recado para os Estados Unidos: a partir de agora, não tem mais moleza no Mundial de basquete. Na volta do intervalo, eles sabiam que seria preciso mostrar força contra a Rússia. E mostraram. Mais uma vez no ritmo de Kevin Durant, a seleção americana voou na segunda metade, venceu por 89 a 79 e avançou às semifinais em Istambul. Com isso, manteve viva a missão de encerrar um jejum de títulos que se arrasta desde 1994.

Já eliminado, o Brasil agradece: em caso de ouro, os EUA classificam-se para Londres-2012 e facilitam o caminho verde-amarelo no Pré-Olímpico das Américas. Após conquistar o título no Canadá em 1994, batendo justamente os russos na decisão, os EUA ficaram fora das três últimas finais. Em 2006, com craques de primeiro nível, caíram nas semis, diante da Grécia.

Agora, com uma equipa B, querem tomar um rumo diferente. O próximo desafio será contra a Lituânia, que arrasou a Argentina. Melhor marcador americano no Mundial, Durant brilhou com 33 pontos. Foi de longe o melhor jogador da equipe em quadra, seguido por Chauncey Billups, que fez 15, e pelo armador Russell Westbrook (12), que deu um gás no terceiro quarto e abriu uma vantagem confortável.

Sergey Bykov liderou os russos com 17 pontos. O jogo Primeiro foi um grito após uma cesta. Depois, uma encarada ao receber uma falta de Westbrook. O pivô russo Timofey Mozgov não quis saber se na frente dele estava Durant ou qualquer outro. Partiu para cima do time americano e mostrou o caminho para seus companheiros. O garrafão do adversário estava desprotegido e sentia a ausência de pivôs de ofício. Tyson Chandler, o único original da posição, não dava conta. E a Rússia aproveitava. Estava perdendo por seis pontos, mas acertou a mão da linha de três e dominou os rebotes, equilibrando o primeiro quarto: 25 a 25.

Durant, que carregou a equipa nas costas nos dez minutos iniciais, já não tinha o mesmo aproveitamento. Os adversários, sim. Tomaram o comando do placar e viram os Estados Unidos reclamarem da arbitragem. Lamar Odom tentava intimidar Andrey Vorontsevich fazendo uma marcação mais agressiva. Eric Gordon se estranhou com Sergey Bykov e o empurrou. O russo foi ao chão e sua equipe também. Ficou mais de quatro minutos sem fazer uma cesta, enquanto que o rival conseguiu anotar 12 pontos.

Durant volta a sorrir, e os americanos fizeram a diferença a aumentar na saída para o intervalo: 44 a 39. Na volta do vestiário a ordem era evitar sustos e liquidar a fatura. A arma escolhida foi a velocidade, ponto alto do time do técnico Mike Krzyzewski. E foi mortal. Mais ainda porque a Rússia perdeu o dono do seu garrafão.

Na tentativa de evitar uma bandeja de Derrick Rose, Mozgov cometeu a quarta falta e foi para o banco, poupado. Viu de lá, angustiado, Westbrook fazer a festa, com sete pontos seguidos, e os americanos abrirem 15. Naquele momento, não havia mais força para reação: 70 a 56. E para evitar qualquer surpresa, os americanos apertavam a defesa. As poucas chances criadas pelo time russo ou paravam no aro ou acabavam ligando o contra-ataque da equipe de Durant.

Lá na frente, ele ainda era soberano. Foi importante no momento em que seu time cochilou e reacendeu a esperança do outro lado. O balde de água fria viria com seu 33º ponto, e acompanhado também de uma torção no tornozelo de Vorontsevich – segundo maior pontuador da Rússia, que deixou a quadra carregado e sob aplausos. Terminava ali o sonho de ir às semifinais.

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