O parlamento russo aprovou nesta sexta-feira uma lei que obriga sites a armazenarem informações pessoais dos usuários dentro do país, algo que o Kremlin afirma que protegerá os dados mas que críticos enxergam como um ataque às redes sociais. “O objetivo da lei é criar (…) pretexto quase legal para fechar Facebook, Twitter, YouTube e todos os demais serviços”, disse à Reuters Anton Nossik, um especialista em Internet e blogueiro.
A lei determina que a partir de 2016 todas as companhias de Internet terão que transferir os dados dos cidadãos russos a servidores instalados no país sob pena de terem as suas páginas bloqueadas. A medida provavelmente afetará grandes sites internacionais como a rede social Facebook, dizem especialistas.
“O objetivo final é calar a boca, aplicar a censura no país e dar forma a uma situação em que o negócio Internet não poderá existir e funcionar adequadamente”, acrescentou.
O presidente russo, Vladimir Putin, um ex-agente da KGB que chegou a dizer que a Internet é um “projeto da CIA (agência de espionagem dos Estados Unidos)”, negou que esteja limitando a liberdade na Web, explicando que sua principal preocupação é projeger as crianças de conteúdos indecentes.