A Rússia elevou a pressão sobre o Congresso dos EUA, esta Sexta-feira (16), para que não aprove um projecto que pode punir autoridades russas por violações dos direitos humanos.
O país advertiu o governo norte-americano de que preparou duras metidas retaliatórias. O Congresso deve votar uma legislação que leva o nome do advogado russo Sergei Magnitsky, esta Sexta-feira, terceiro aniversário da sua morte na prisão.
A medida tem o objectivo de negar vistos a autoridades envolvidas na prisão de Magnitsky, abusos contra ele e na sua morte. O vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que o país já havia preparado a sua resposta, mas não deu detalhes, além do comunicado divulgado, Quinta-feira, pelo ministério alertando para dura retaliação contra legislação “provocativa e não amistosa”.
Os dirigentes da Rússia indicaram que o governo iria retaliar com a imposição de sanções a dirigentes dos EUA acusados de violarem direitos de cidadãos russos.
Isso provavelmente incluiria autoridades envolvidas na negativa ao pedido da Rússia de extradição de um negociante de armas, Viktor Bout, que cumpre pena de 25 anos de prisão nos EUA.
A adopção da lei e qualquer represália poderiam prejudicar os esforços para melhorar as relações entre os ex-rivais da guerra fria no início do segundo mandato do presidente Barack Obama, e poucos meses depois do retorno de Vladimir Putin ao Kremlin.
No seu primeiro mandato Obama iniciou uma aproximação depois que as relações bilaterais chegaram a seu pior momento após uma guerra entre a Rússia e a Geórgia, aliada do Ocidente, em 2008. Mas nos últimos meses houve tanto tensão como progresso na relação bilateral.