A economia moçambicana pode conquistar maior espaço no mercado internacional, ganhar mais robustez e competitividade se apostar na qualidade, segundo defendeu, esta quinta-feira (08), em Maputo, o ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, num seminário sobre “Qualidade – disponibilizando vantagens competitivas”.
O evento foi promovido pelo Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ) com o propósito de sensibilizar o empresariado nacional e as organizações que prestam serviços de apoio aos agentes económicos sobre a importância de apostar na qualidade como instrumento catalisador do crescimento de oportunidades no mercado.
Armando Inroga disse que as barreiras económicas e não tarifárias estão a diminuir, o que gera, nos fornecedores e consumidores, novas necessidades de produtos e serviços, fazendo da qualidade um instrumento determinante alavancar a economia nacional.
Para o ministro, o seminário consciencializa as empresas a apostarem na qualidade como forma de garantir uma vantagem competitiva no mercado nacional, regional e mundial e, assim, contribuir no fomento do emprego e da promoção do bem-estar.
É um encontro que responde as transformações das estruturas e modelos de actuação económicos. Tenta adequar os sistemas de qualidade do país às necessidades e aos desafios, dos quais alguns superados, outros ainda por vencer de modo a adaptar-se à nova realidade mundial.
Para fazer face às barreiras mundiais, o país está engajado na construção de infraestruturas internacionalmente aceites e no reforço de dispositivos legais de fiscalização de modo a responder às preocupações nacionais e aos compromissos externos assumidos, disse Inroga.
De acordo com director do INNOQ, Alfredo Sitoe, a normalização só é importante se a norma técnica conduzir a uma avaliação credível e na observância dos padrões internacionais por parte das empresas, com base no uso de equipamentos e instalações adequados e calibrados.
O maior desafio do INNQQ, segundo o dirigente, passa pela massificação da implementação das políticas de qualidade, através dos subsistemas de normalização, metrologia, certificação e gestão da própria qualidade.
Desde a criação daquela instituição foram certificadas no país quatro empresas, das quais duas no ano passado e igual número no presente ano. No que concerne à submissão de pedidos de certificação, sublinha que até então estão a ser avaliados mais três empresas para o efeito.
Refira-se que participam do seminário membros do Governo, organizações da sociedade civil, individualidades e representantes de algumas empresas que operam no país.