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Robô da Nasa encontra moléculas orgânicas e gás metano em Marte

A presença de metano na atmosfera de Marte e de elementos químicos orgânicos no solo do planeta vermelho são as mais recentes e provocantes descobertas do veículo explorador Curiosity, da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), na busca de pistas sobre a possibilidade de vida extraterrestre, declararam os cientistas, esta terça-feira (16).

Os cientistas da Nasa disseram que o Curiosity captou irrupções esporádicas de metano, um gás que na Terra tem fortes conexões com a vida, na atmosfera ao redor do seu local de pouso, na cratera Gale.

O veículo também encontrou elementos químicos orgânicos no solo marciano, declararam os cientistas numa entrevista colectiva transmitida pela Internet no Sindicato Americano de Geofísica em São Francisco.

O Laboratório de Propulsão a Jacto da Nasa, na Califórnia, emitiu um comunicado à imprensa a dizer que o veículo-robô mediu “um pico dez vezes maior” de metano na atmosfera ao seu redor e que detectou outras moléculas orgânicas numa amostra colectada por uma furadeira robótica.

“Há muitas fontes possíveis, biológicas e não biológicas, como a interação entre água e rocha”, afirmou Sushil Atreya, membro da equipe de ciência do Curiosity e da Universidade do Michigan na cidade de Ann Arbor, no informe à imprensa.

As últimas descobertas combinam mais de dois anos de dados colectados pelo robô desde o seu pouso dentro da cratera Gale em Agosto de 2012. Na semana passada, os cientistas disseram ter determinado que bilhões de anos atrás um lago preenchia a cratera de 154 quilómetros de largura sendo explorada pelo Curiosity.

Este achado foi mais um indício de que Marte, o planeta mais parecido com a Terra no sistema solar, já teve condições de abrigar a vida microbiana. Pouco depois de pousar, o Curiosity descobriu que Marte já teve os ingredientes químicos e as condições ambientais necessárias para sustentar a vida microbiana, cumprindo o objectivo primordial da sua missão.

O veículo, que percorreu cerca de 8 quilómetros desde o seu pouso, tem explorado uma área conhecida como Monte Sharp, onde foram encontradas rochas que continham sedimentos depositados pela água, para saber se existiram ambientes acolhedores à vida durante tempo suficiente para que ela evoluísse.

“Continuaremos a trabalhar nos quebra-cabeças que estas descobertas apresentam”, declarou John Grotzinger, cientista do projecto Curiosity do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena.

O cientista participante Roger Summons, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), disse: “O desafio agora é encontrar outras rochas no Monte Sharp que possam ter inventários diferentes e mais amplos de compostos orgânicos”.

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