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Reservas externas brutas triplicam para USD 2,5 biliões entre 2000 e 2011

As reservas internacionais brutas moçambicanas triplicaram, entre 2000 e 2011, para cerca de 2,5 biliões de dólares norte-americanos, o equivalente à cobertura de 5,2 meses de importações de bens e serviços.

O cenário é fruto da constante acumulação de reservas externas que entram no país para serem aplicadas em projectos e programas de desenvolvimento socioeconómico de Moçambique, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), realçando que a mesma situação representa um “esforço significativo” do fluxo de recursos externos brutos para a mesma finalidade.

A instituição auto-atribui-se mérito por este incremento da ajuda externa a Moçambique indicando que o facto ocorreu no âmbito da realização do seu programa de assistência técnica e financeira ao país, denominado Facilidade de Protecção contra Choques Exógenos (ESF).

Para a mesma institução, este nível de crescimento das reservas tem acompanhado o crescimento da economia e foi a um ritmo ligeiramente maior que a maioria dos países da África Subsariana, nomeadamente, Angola, Gana, Quénia, Maurícias, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Uganda e Zâmbia, tidos como países de economia de fronteira do grupo de Moçambique.

Enfatiza, a seguir, o FMI que Moçambique está sempre colocado entre os países com maior volume de reservas externas brutas, no que respeita ao rácio de cobertura das reservas em termos de meses de importações e massa monetária.

Cenário até 2017

Ainda no período em análise, o nível de resposta da comunidade internacional às solicitações do Governo moçambicano em termos de fluxos da ajuda financeira foi de pouco mais de 12% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo igualmente com o FMI, realçando que o nível acima de cinco meses de importações é apropriado para Moçambique, cujo custo de manutenção de reservas é comparativamente baixo em vista da natureza concessional da maior parte da sua dívida externa.

Por outro lado, a elevação dos níveis de reservas é coerente com as futuras mudanças estruturais na economia moçambicana e que o montante avultado de reservas internacionais mantidas pelo Banco de Moçambique ajudou a proteger o país dos choques externos relacionados com a crise dos preços das matériasprimas de 2008.

Entretanto e segundo ainda o FMI, dado o provável declínio dos fluxos de ajuda dos doadores tradicionais, a médio prazo, bem como a transformação da economia num grande exportador de matérias-primas, será ainda mais necessário para Moçambique proteger-se contra a volatilidade dos preços e choques exógenos, esperando-se que até 2017 a cobertura de reservas venha a ser na ordem de 5,9 meses de importações.

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