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Repórteres Sem Fronteiras diz que crítica ao WikiLeaks não é “convite à censura”

Depois de criticar o WikiLeaks numa carta aberta a Julian Assange, fundador do site de denúncias, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) emitiu na terça-feira, 17 de agosto, uma nota de esclarecimento reafirmando seu apoio ao site.

A organização havia criticado a falta de responsabilidade do WikiLeaks pela publicação de 92.000 documentos confidenciais sobre a guerra no Afeganistão, “Revelar a identidade de centenas de pessoas que colaboraram com a coalizão no Afeganistão é muito perigoso”, escreveu a RSF em uma carta do dia 12 de agosto.

No documento, a ONG argumenta que o Wikileaks não pode desfrutar as mesmas proteções oferecidas a jornalistas (como de proteção de fontes) e, ao mesmo, alegar que não faz parte da imprensa.

Após a polêmica com o vazamento dos dados, senadores americanos começaram a revisar uma lei de proteção a jornalistas, para que apenas a imprensa tradicional (e não sites como o Wikileaks) sejam protegidos de revelar suas fontes.

Em seu esclarecimento na terça-feira, a RSF afirmou que questionar a irresponsabilidade do WikiLeaks “de forma alguma consiste em um convite à censura, ou o apoio à guerra… A imprensa é responsável pelo que publica ou divulga. Lembrar isso é não desejar seu desaparecimento. Muito pelo contrário”.

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