O maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, exige que as autoridades policiais libertem os seus membros detidos nas celas do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, desde o passado dia 8 de Março do corrente ano, quando a sua sede política foi tomada de assalto pelas forças da lei e ordem e que as autoridades parem de vigiar a sede daquele partido na capital norte de Moçambique.
A exigência foi feita pelo chefe Nacional de Mobilização da Renamo, Armindo Milaco, que falava num comício popular realizado no passado sábado (25) na cidade de Nampula.
Armindo enfatisou que caso o governo não liberte os seus membros e cesse o controlo que tem sido feito pela PRM à delegação politica da Renamo naquele ponto do país, o seu partido está preparado para desencadear confrontos a nível do país, com epicentro nas cidades de Nampula e Maputo.
“Vem o momento de sacrifício. Vamos marchar durante dois dias e expulsaremos eles da nossa delegação politica. Por isso fiquem atentos”, disse apelando aos simpatizantes e membros da Renamo para que no referido dia deixem de ir a machamba e ao serviço como forma de “correr com o governo do dia”.
De acordo a fonte “a Renamo de hoje é diferente da Renamo dos anos passados. Foram promovidos jovens para diferentes sectores importantes e estratégicos. Daí, tudo está sendo organizado para que as promessas feitas sejam realizadas”.
Este membro sénior da Renamo acrescemtou que esteve reunido recentemente com o governador de Nampula, Filismino Tocoli, a quem deixou um ultimato para que o executivo liberte os seus homens “antes que o país entre em guerra ”. No entanto a fonte não avançou se foi estabelecido um prazo para que o Governo responda a exigência.
Entretanto o chefe de mobilização da Renamo não divulgou quantos membros da sua formação política estão até este momento detidos, mas sabe-se que aquando do confronto entre a PRM e os ex-guerrilheiros daquela formação política, pelo menos 22 homens foram neutralizados pela Polícia, depois de terem permanecido aquartelados na delegação partidária daquele partido durante alguns meses.