A Renamo acusa o Governo e a Frelimo de estar a perseguir os seus desmobilizados na região centro do país, concretamente nos distritos de Dondo, Nhamatanda, Buzi, Cheringoma, Chibabava, com recurso à Polícia da República de Moçambique. Segundo Fernando Mazanga, porta-voz deste partido, como corolário destas acções, na semana passada foi morto um ex-guerrilheiro de nome Oliveira Magazanhica, que prestava trabalhos no quartel-general da “Perdiz”, em Santunjira.
De acordo com Mazanga, que falava hoje (05 de Agosto) numa conferência de imprensa em Maputo, o Major Oliveira Magazanhica, natural do distrito de Caia, “foi executado depois de ter sido torturado e mantido em cativeiro entre os dias 25 e 27. ele fazia trabalhos no quartel-general da RENAMO, em Sandjunjira, Gorongosa e teria-se deslocado à Nhamatanda para visitar a família.
Estranhamente, às 20H00 do dia 25/8/2013 a PRM chegou à sua casa, raptou-o e levou-o para o mato onde viria a ser assassinado”. “Estas práticas hediondas são materializadas pela Polícia da República de Moçambique (PRM), com a colaboração directa dos secretários dos bairros e do Policiamento Comunitário, que vão de casa em casa dos desmobilizados da RENAMO, e rapta-os para serem torturados ate à morte”, disse Mazanga.
“Sabemos que o governo da FRELIMO deu ordens a PRM, FIR, FADM para andarem de casa em casa a procura dos desmobilizados da RENAMO e têm instruções claras e exactas para os capturar e executá-los”, acrescenta.
O corpo de Oliveira Magazanhica viria a ser descoberto por alguns populares que procuravam lenha, os quais trataram de informar a polícia. Porém, a PRM fez-se ao local acompanhada do secretário do Grupo Dinamizador da Frelimo.
Como se de um indigente se tratasse, o corpo foi enterrado no local e nem houve a preocupação de se tentar identificar a vítima, muito menos localizar a sua família.