O Alto Comissário do Reino Unido em Maputo disse, quarta-feira, que o seu estado, entanto que membro da Commonwealth, considera Moçambique um parceiro especial na promoção dos Direitos Humanos na África Austral.
O Reino Unido tem uma forte tradição de apoio ao respeito pelos Direitos Humanos, considerando pressuposto crucial para a paz e estabilidade.
Discursando na Conferência Nacional sobre Prisões que decorre, desde quarta até quinta-feira, em Maputo, o diplomata britânico referiu que Moçambique tem uma demonstração muito importante do compromisso do Governo com a transparência na administração prisional, tendo mencionado a assinatura do Memorando de Entendimento que permite á Liga Moçambicana de Direitos Humanos o livre acesso às prisões para monitoria das condições de reclusão.
“Esta Conferência em si, uma parceria entre o Ministério da Justiça e a Liga Moçambicana de Direitos Humanos, é um claro sinal do compromisso com a abertura ao escrutínio público.
Esta colaboração é muito auspiciosa para o futuro da abordagem de direitos humanos na administração prisional em Moçambique” – enfatizou, salientando que este compromisso pode ser comprovado pela presença de tão distintos participantes na conferência, incluindo o Primeiro-Ministro, Aires Ali.
O Alto Comissário do Reino Unido em Maputo sublinhou que Moçambique apresenta progressos reiais no domínio dos direitos humanos, socorrendo- se as visitas recentes as prisões moçambicanas efectuadas pelo Director do Centro Internacional de Estudos Prisionais na Universidade de Londres, o Professor Robert Allen, que permitiram constatar melhorias substanciais no ambiente entre os guardas e os reclusos.
Allen e o seu colega Andrew Coyle, também presentes na conferência que decorre em Maputo, já estiveram por outras ocasiões em Moçambique para ministrar cursos de formação a quadros dos Ministérios da Justiça e do Interior.
A constatação de melhorias substanciais no ambiente entre os guardas e os reclusos nas prisões moçambicanas, segundo o diplomata britânico, revela claro sinal de que as matérias leccionadas nos cursos orientados pelos seus compatriotas estão a ser implementadas.
