Dezassete reclusos, dos quais 10 condenados e sete em prisão preventiva, fugiram do Estabelecimento Penitenciário Provincial de Sofala, na manhã de domingo (06), em circunstâncias que levantam algumas questões e suspeitas, pois não se percebe como é que os presos podem ter logrado tal êxito, sobretudo porque a cadeia em alusão, está localizada na baixa da cidade da Beira, numa zona movimentada.
Informações postas a circular e segundo testemunhas do @Verdade, sem que ninguém supostamente se apercebesse da evasão, os prisioneiros serraram o arame farpado para materializar os seus planos.
A ser verdade, esta fuga é de tal sorte estranha, na medida em que os prisioneiros tiveram tempo bastante para serrar em que ninguém da penitenciária se apercebesse, nem os transeuntes ou a população que vive nas proximidades.
Por sua vez, a Direcção do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP) veio a público, através de um comunicado, dizer que a fuga se deveu ao facto de um agente de permanência afecto àquela penitenciária ter dispensado, uma hora antes do sucedido, dois guardas que se estavam de serviço.
Na ausência dos colegas, o referido funcionário abriu as celas do estabelecimento, tendo este ficado sem guarnição suficiente. Aproveitando-se da situação, o reclusos dirigiram-se ao portão principal que dá acesso ao exterior do Estabelecimento Penitenciário Provincial de Sofala e, daí, colocaram-se ao fresco, explica o documento enviado ao nosso jornal.
Por palavras, de acordo com a explicação daquela instituição do Estado, os foragidos não precisaram sair pela “porta de cavalo”.
Do lado de fora, eles eram esperados por um grupo de comparsas que se faziam transportar em duas viaturas.
Sobre este ponto, o SERNAP diz que a direcção da cadeia se apercebeu da movimentação dos carros em alusão. Um deles tinha a chapa de inscrição ADO-365-MP, pertencente a um cidadão de nome Nelson Milagre Khett.
O visado reside no bairro de em Magoanine, na cidade de Maputo, “quarteirão número 42 e casa número 50”.
Na altura dos factos, o veiculo era conduzido por um individuo que responde pelo nome “Manuel Chico Alfredo dos Santos”, o qual é considerado “intervenientes e colaborador na fuga”. Por isso, está “detido para averiguações”.
Ainda em conexão com esta fuga, um guarda penitenciário, de nome Lucas Cobra, está preso por ter sido encontrado na companhia do automobilista acima mencionado.
A direcção daquela estabelecimento penitenciário reuniu-se de emergência, no mesmo dia dos factos, para analisar o assunto e encontrar explicações para tal situação.
Por via disso, as autoridades policiais e judiciais estão a investigar como e em que circunstâncias os prisioneiros fugiram.