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Reclamação: Restrições no acesso às bibliotecas escolares

Saudações, Chamo-me Salvador Cossa, e sou residente do bairro do Maxaquene, cidade de Maputo. Com a vossa permissão, venho através deste meio expor um triste episódio por que passei há dias, quando tentava entrar na biblioteca da Escola Comercial de Maputo.

Era por volta das 11 horas da manhã quando a recepcionista da biblioteca daquela escola me impediu de entrar, alegadamente porque não é permitido o acesso a alunos ou estudantes de outras escolas, visto que foi concebida somente para os alunos internos.

Perguntei-me: Por que razões tanta discriminação se somos, todos, alunos deste país? Afinal aquele espaço não é para estudantes?

Pensei na altura que se tratasse de uma brincadeira e, para o meu espanto, a tal recepcionista olhou para mim e abordou-me nos seguintes termos: “Caro estudante, nós não admitimos a entrada de alunos e estudantes provenientes de outras escolas nesta biblioteca, por isso, acho que perdeste o teu tempo ao vires para aqui. Vai para outro sítio”, afirmou.

Eu, chocado com aquelas palavras, repliquei perguntando onde estava escrita tal directiva pois, para mim, isso só pode configurar mais um caso de discriminação no seio da instituição, ao que ela respondeu: “Não me chateies, eu apenas cumpro ordens superiores, para mais informações dirige-te à direcção da escola”, afirmou.

Depois deste todo palavreado, dirigi-me à direcção e lá encontrei a directora da escola que também não conseguiu esclarecer-me relativamente às restrições no acesso à biblioteca daquele estabelecimento de ensino.

Reconhecendo o contributo que o jornal @Verdade tem dado para nos ajudar a resolver as nossas inquietações, peço para que procurem saber junto à direcção daquela escola se existe uma norma que proíbe os estudantes de frequentar a biblioteca ou se a atitude da recepcionista não passou de uma falha.

Resposta

Segundo a directora da Escola Comercial de Maputo, Gina Mangane, o impedimento de acesso à biblioteca daquele estabelecimento de ensino acontece quando o indivíduo não traz consigo um documento que prova que ele é estudante.

Gina Mangane a firma que não existe nenhuma prática discriminatória naquela biblioteca, sendo que o “que deve ficar claro é que os estudantes que queiram frequentá-la têm de trazer, para além de um documento de identi ficação (B.I, passaporte, …), uma credencial ou cartão de estudante da escola a que pertencem”.

De seguida, é necessário submeter à direcção da escola uma carta, na qual o estudante manifesta o interesse de frequentar a biblioteca. Uma vez deferida, o estudante já pode ter acesso ao espaço. “Nós tomámos esta medida porque já estávamos cansados de roubos de livros. Tal resultava do facto de os estudantes não estarem devidamente credenciados. Foi essa a razão que nos levou a endurecer as regras de acesso”.

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