Boa tarde Jornal @Verdade. Antes de mais, gostaríamos de felicitar-vos pelos quatro anos de existência e também saudamos os fazedores deste prestigiado órgão de informação do povo.
Vimos através desta tornar públicos os maus tratos, discriminações, nomeações sem transparência e desconsideração engendrados pelo comandante da Polícia Municipal da Cidade de Maputo.
O actual comandante da Polícia Municipal tem estado a colocar guardas do 2o, 3o e 4o escalão em cargos de chefia, pondo deste modo em causa a hierarquia das forças paramilitares de que ele faz parte.
Tendo em conta que na sua indicação pelo Ministério do Interior para comandante da Polícia Municipal se teve em consideração a sua patente policial e não outros itens obscuros, como se pode admitir que ele atribua cargos de chefia sem nenhuma clareza?
Preocupa-nos o facto de constatarmos situações em que inspectores, subinspectores e guardas com mais de 20 anos de serviço e experiência são chefiados por guardas com pouco tempo de serviço e experiência. O mais agravante é o facto de possuírem um baixo nível académico relativamente aos antigos.
Perante esta nomeação de trabalhadores aos cargos de chefia por camaradagem e favoritismo, não estaremos a assistir a uma clara violação dos princípios que regem o funcionamento da instituição? Cremos que sim, a não ser que exista alguma norma que tenha sido criada à nossa revelia e sem o nosso conhecimento.
Por favor, em face destas inquietações instamos ao @Verdade que se aproxime ao comando da Polícia Municipal de maneira a pedir esclarecimentos em relação às modalidades usadas para a atribuição dos cargos. Nós sentimo-nos descriminados pela forma como as nomeações são feitas.
Esclarecimento
Relativamente a esta denúncia, a nossa equipa de reportagem dirigiu-se ao Comando da Polícia Municipal onde falou com o respectivo comandante, por sinal tido como quem está a cometer irregularidades e desmandos naquela instituição. António Espada referiu que as denúncias ou reclama- ções feitas e que pesam sobre a sua pessoa não constituem verdade, para além de serem desprovidas de qualquer fundamento.
“Fique claro que não existe uma norma interna que rege as modalidades de promoções de carreira por antiguidade. Portanto, a preocupação só faria sentido se houvesse nomeações através do patenteamento por funções, o que ainda não é uma realidade na corporação”, afirma Espada para depois acrescentar que nos próximos tempos poder-se-á fazer nomeações à base do patenteamento, o que não acontece agora porque ainda não existe uma base legal para o efeito.
O comandante da Polícia Municipal de Maputo afirmou ainda que na instituição de que é dirigente, sempre se impõe o respeito pelos e entre os funcionários indepen- dentemente das suas funções ou cargos.
António Espada assevera que as promoções para cargos de chefia podem ser feitas com base em vários critérios, quando cada funcionário comprova, através do trabalho no terreno, que tem capacidade física e intelectual para cumprir a missão que lhe foi incumbida.
“Uso deste meio para aconselhar as pessoas para que não se cinjam apenas às lamúrias ou lamentações, é preciso que trabalhem para que conquistem os cargos de chefia por mérito e não por passar a vida a apontar dedos a fulano ou sicrano”, ajunta.
