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Reclamação: encarregados de educação dos alunos da escola primária 25 de Junho obrigados a pagar construção de salas

Boa tarde ao jornal @Verdade, somos encarregados de educação dos alunos da escola primária 25 de Junho, no bairro da Zona verde, temos uma inquietação que vimos expor por este meio. É, diga-se, um cenário incompreensível e prejudicial que está a acontecer naquele estabelecimento de ensino, porque pais e encarregados de educação no acto da matrícula são obrigados a pagar cinquenta meticais em dinheiro e dois blocos para construção de novas salas, uma vez que muitos ainda assistem as aulas debaixo das árvores.

O caso remonta ao ano 2009, quando a escola pediu aos pais e encarregados de educação dos alunos internos para pudessem contribuir com dinheiro acima referido, para alargar o número de salas de aulas, de modo a colmatar o défice, uma vez que muitos alunos estudam ao relento.

Todos nós concordámos com a iniciativa visto que contribuía para o mau aproveitamento pedagógico e, por vezes, eram obrigados a interromper o decurso normal das aulas por causa da tempestade.

Nós como pais e encarregados de educação, e olhando para as difíceis condições da escola, começámos a contribuir, pagando 50 meticais para a construção de salas, 30 para o guarda e um bloco. Em 2009, a direcção da escola comprou carradas de areia e blocos, mas tempos depois o material sumiu e ninguém explicou-nos o que estava a acontecer.

Passámos para 2010 e o propósito da construção de mais salas não veio a suceder-se, mas mesmo assim, voltámos a contribuir, novamente, com esperança de que dias melhores viriam e nada do prometido foi cumprido nesse ano.

Em 2011 o valor agrava-se para 100 meticais e a cobrança era feita de forma coerciva, uma vez que quem não pagasse o montante e entregasse desta feita dois blocos, o seu filho não tinha direito à matrícula.

Um número considerável de pais e encarregados de educação, que contribui para a melhoria do aspecto físico da escola, está agastado, insatisfeito, porque não vê nada no terreno, visto que os materiais de construção desaparecem e ninguém dá a cara para explicar o que está, de facto, a acontecer.

Agora através desta carta denúncia, pedimos ao Jornal @Verdade para que nos ajude a esclarecer, junto da direcção da escola, para quando a construção das salas de aulas, de modo a parar com o sofrimento dos nossos filhos que são obrigados a ficar sem aulas porque não possuem salas de aulas mas contribuímos, já lá vão quatro anos, e não vemos nada palpável nesse sentido.

Resposta

Ciente da importância da reclamação dos pais e encarregados de educação, a nossa equipa de reportagem dirigiu-se à escola primária 25 de Junho, no bairro da Zona Verde, arredores da Matola, onde fomos falar com a responsável do processo das matrículas naquele estabelecimento de ensino a qual não se quis identificar.

A fonte disse que a inquietação ora apresentada, não tem razão de ser uma vez que os próprios moradores é que lançaram e decidiram, avançar com a iniciativa. Ela afirma que quando a proposta foi definida pelos próprios pais e encarregados de educação, a direcção da escola não foi convidada, mas olhando para as dificuldades da escola recebeu, com agrado, uma vez que vai contribuir para diminuir a insuficiência de salas de aulas, que por vezes prejudica os alunos que ainda têm tido aulas ao relento.

Segundo a nossa interlocutora, foi a própria população que se reuniu e criou uma comissão com a tarefa de gerir todo o processo e a escola participa apenas como acolhedora da iniciativa. Acrescenta que os pais não têm razão para se preocuparem, uma vez que, de momento, estão a ser construídas duas salas de aulas para reduzir o número de alunos que assistem as aulas ao relento, estando ainda na fase inicial, onde alguns educadores participam da construção aos finais de semana.

Mas acautela aos pais e encarregados de educação, para que não lancem acusações descabidas à direcção porque ela participa de forma indirecta no processo da construção, mas a gestão do dinheiro é feita pela comissão ora criada para o efeito. Para além de olhar de forma desconfiada devem vir participar da construção das duas salas que estão a ser erguidas.

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