Somos residentes do bairro Magoanine-CMC, na cidade de Maputo. Estamos a ter problemas de transporte porque a nossa estrada está cheia de lombas e os ‘chapeiros’ não aceitam pôr os seus carros a circular nesta zona por temerem que se estraguem rapidamente.
Já contactámos várias vezes o município de Maputo para que pudesse removê-las. Prometem fazê-lo mas nunca cumprem. Já passam mais de dois anos e a situação continua na mesma. Pedimos ajuda ao jornal @Verdade para abordar a quem de direito para que nos diga qual será fim disto.
Resposta
O vereador da área das Infra-estruturas e Transportes do Conselho Municipal de Maputo, Vítor Fonseca, disse que esta situação é do conhecimento da edilidade mas que esta nada pode fazer porque está em causa não só a questão do transporte, mas também a segurança rodoviária, uma vez que quando os “chapeiros” estão numa estrada daquela dimensão e sem lombas andam a alta velocidade.
No seu entender, “os chapeiros estão a chantagear os moradores daquele bairro no sentido de estes pressionarem o município a remover as lombas, que evitam a ocorrência de acidentes naquela via”. Fonseca referiu ainda que, ao levantarem esta questão, os transportadores pretendem é transformar aquela estrada num lugar sangrento tanto quanto foi antes da colocação das lombas.
“Antes de colocarmos as lombas, morreram, em menos de um mês, mais de meia dezena de crianças vítimas de atropelamento”, afirma. Entretanto, o município tem um plano de remoção de algumas lombas naquela via (avenida Sebastião Marcos Mabote), bem como na que dá acesso ao bairro Ferroviário das Mahotas (avenida Mário Esteves Coluna) e na avenida Nelson Mandela, que vai dar ao bairro Magoanine C.
“Há um plano, já avançado, de apreciação de algumas vias da cidade de Maputo. O mesmo contempla a remoção de lombas nos lugares onde a sua existência não é muito relevante. A avenida Sebastião Marcos Mabote está contemplada”, concluiu.
Embora reconheça que a crise de transporte na cidade de Maputo é crónica, a fonte disse que a edilidade aumentou recentemente o número de autocarros dos Transportes Públicos de Maputo (TPM) com destino àqueles bairros para fazer face ao cenário que os transportadores semicolectivos tendem a criar.
Nota de redacção:
A problemática do excesso de lombas naqueles troços há muito que foi levantado, não só pelos transportadores, mas também por singulares que viam e ainda vêem o tempo de vida útil das suas viaturas ser abreviado.
Noutros casos não é o número de lombas que reocupa, mas sim a alturas das mesmas e a forma como foram colocadas. No caso do bairro de Matendene, a FEMATRO deixou de afectar os seus autocarros àquele local alegando o mesmo problema.
É altura de o município fazer as coisas como deve ser. As lombas não constituem necessariamente um “incómodo” para os automobilistas, mas quando são mal colocadas passam a sê-lo.
