Um hotel de cinco estrelas e outras infra-estruturas como centros comerciais serão erguidos no actual recinto da Feira Internacional de Maputo (FACIM), localizado na zona baixa da capital moçambicana, Maputo. A informação foi revelada hoje, em Maputo, por Américo Magaia, Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Gestora de Feiras e Exposições (SOGEX), durante uma conferência de imprensa de balanço da 45ª edição da FACIM, terminada último Domingo.
Neste momento está a ser concluída a venda daquele espaço. Contudo, ainda não foram revelados os montantes envolvidos. Magaia disse que as infraestruturas a serem erguidas naquele local deverão obedecer a critérios estabelecidos por um painel multi-sectorial, com o objectivo de servir os visitantes que passarão pelo país durante o Mundial de Futebol de 2010, a ter lugar na vizinha África do Sul.
“O Estado encoraja que este recinto seja utilizado para criar edifícios que dignifiquem a cidade de Maputo. Assim, aqui será erguido um hotel de cinco estrelas que vai acomodar turistas que pretendem ir ao Mundial de 2010”, disse Magaia. Ele explicou que o Governo decidiu retirar a FACIM daquele local por estar “completamente desenquadrado” em relação aquilo que são as outras feiras a nível internacional. “Se olharmos para os edifícios que estão a volta deste recinto vemos claramente que a FACIM está deslocada. A cidade de Maputo, com grande concentração de viaturas, por exemplo, torna difícil manobrar viaturas que trazem mercadorias para a exposição” indicou Magaia.
A partir do próximo ano, a FACIM vai realizar-se no distrito de Marracuene, a cerca de 20 quilómetros a Norte da cidade de Maputo. Numa primeira fase, a Feira vai ter lugar num pavilhão de 15 mil metros cúbicos, cujas obras arrancam em Janeiro de 2010.
Em relação a 45ª edição da FACIM, Magaia fez um balanço positivo uma vez que a Feira conseguiu reunir 832 expositores, dos quais 13 países, 140 empresas estrangeiras e 670 nacionais, cobrindo uma área de 15.225 metros quadrados, dos 72 mil metros cúbicos que o local possui.
“Estamos satisfeitos com a realização da FACIM, porque conseguimos ultrapassar os números de 2008. Tivemos mais 200 expositores em relação a 2008. Registamos muitas empresas e até tivemos dificuldades para acomodar mais. O Malawi com quem contávamos até ao último momento não compareceu sem ter dado nenhuma explicação, mas depois tivemos participações de ultima hora do Paquistão e Maurícias”, referiu a fonte.
Esta edição da FACIM registou 53.294 visitantes, um número abaixo do planificado que era de 55 mil. Magaia apontou o corte de energia registado na passada Quinta-feira, como sendo a principal causa do incumprimento das metas estabelecidas. “Tivemos um apagão na Quintafeira que nos obrigou a encerrar a exposição. É nesta mesma Quinta-feira que esperávamos registar o pico de visitantes”, disse Magaia.