Segundo o Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados (INAR) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), foram já recenseados, até ao presente momento, cerca de cinco mil refugiados e requerentes de asilo na província de Nampula, grande parte dos quais provenientes da Somália e Congo.
Entretanto, o INAR diz confrontar-se com algumas dificuldades na actualização da sua base de dados” relativos aos requerentes de asilo político e refugiados acolhidos em Moçambique e, particularmente, no Centro de Acomodação de Maratane, onde reside maior parte dos cidadãos oriundos dos Grandes Lagos.
De acordo com fontes contactadas pela nossa reportagem, tem vindo a crescer o número de estrangeiros, alguns dos quais em situação ilegal, que, diariamente, afluem ao mencionado centro de acomodação, sob capa de refugiados.
Recorde-se que o governo moçambicano está, com o apoio do ACNUR, a realizar desde o passado dia 6 o recenseamento de todos refugiados e requerentes de asilo político existentes no país.
Este exercício tem em vista identificar o número real dos mesmos, bem como o local em que residem e a actividade que desenvolvem em Moçambique.
Na província de Nampula, onde se encontra instalado o centro, este processo debate-se com sérias dificuladades em face da entrada massiva dos mencionados refugiados, o que faz com que as autoridades de tutela não consigam apurar o número exacto daqueles que podem, de facto, usufruir das prerrogativas de refugiados e requerentes de asilo.
Em consequência disso, o recenseamento, que deveria terminar no dia 18 de Outubro, conforme o calendário do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, que previa a inscrição de sete mil cidadãos, teve de ser prorrogado para até este fim de semana.
