Rebeldes sírios mataram neste sábado pelo menos 11 pessoas, incluindo civis, em um ataque a um posto de controle a oeste da cidade de Homs, num ato que a imprensa estatal descreveu como um massacre.
A maioria dos mortos era de cristãos, ativistas e moradores. Alguns deles faziam parte do Exército da Defesa, uma milícia que luta ao lado dos soldados do presidente Bashar al-Assad, enquanto outros eram civis.
“Hoje, terroristas cometeram um massacre, matando 11 pessoas no interior de Homs”, disse uma autoridade à agência de notícias estatal SANA.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que rebeldes atacaram o posto de controle, matando cinco membros da milícia e seis civis, incluindo duas mulheres. Segundo a entidade, os rebeldes também tiveram perdas.
Um morador que visitou o local do ataque afirmou que viu o que sobrou do posto de controle e dois carros próximos a ele, cujos passageiros podem ter sido surpreendidos durante o tiroteio. Ele afirmou que o local era usado como base de artilharia para bombardear a cidade rebelde de Hosn, localizada a cerca de dois quilômetros de distância e que fica localizada perto do Crac des Chevaliers, um castelo erguido pelas cruzadas.
Muitos cristãos que fugiram da violência de Homs nos últimos dois anos fixaram residência nos vilarejos cristãos próximos ao local do ataque deste sábado. Alguns deles juntaram-se às forças pró-Assad, temendo um futuro no qual o presidente possa ser derrubado pelos rebeldes liderados por brigadas islâmicas radicais, algumas com ligações com a Al Qaeda.
Mais de 100 mil pessoas foram mortas na guerra civil da Síria, que começou com uma revolta contra os 40 anos de governo da família Assad. Quase 2 milhões de pessoas fugiram do país como refugiadas.