O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, disse, esta Terça-feira, que tentará obter um segundo mandato depois de os milhares de simpatizantes terem pedido que ele fique no poder no país, o mais pobre da Ásia e que tenta explorar a riqueza das suas reservas de gás.
Ramos-Horta, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2008, dividiu o prémio Nobel da Paz em 1996 com o bispo timorense Carlos Filipe Ximenes Belo por trabalhar por uma solução pacífica a um longo conflito com a Indonésia, que por fim resultou na independência do país em 2002.
“O meu coração diz-me que se eu sair e não concorrer de novo as pessoas vão pensar que estou a fugir da minha obrigação. Portanto, hoje decidi que disputarei as eleições presidenciais para o período de 2012-2017”, disse ele a simpatizantes numa igreja da capital, Dili.
Mais de 9 mil simpatizantes assinaram uma petição pedindo que Ramos-Horta concorra nas eleições de 17 de Março ao posto de presidente, que é em grande parte simbólico num sistema no qual o primeiro-ministro é o chefe do governo.
Entre os outros candidatos que anunciaram que participarão na disputa estão o ex-chefe do Exército Taur Matan Ruak; o presidente do Parlamento, Fernando Lasama de Araújo; e Francisco Guterres, do partido Fretilin, que tem cerca de 30 por cento dos assentos do Parlamento.
As eleições para o primeiro-ministro deve ocorrer no meio do ano. O primeiro-ministro Xanana Gusmão, ex-líder guerrilheiro, não disse se concorrerá.