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“Quem puniu Zabula e Simplex não entende nada de alta competição”, diz Chiquinho Conde

“Quem puniu Zabula e Simplex não entende nada de alta competição”

Depois da 14ª jornada da presente edição do Campeonato Nacional de Futebol, o Maxaquene ficou sem os préstimos do defesa central Zabula e do guarda-redes malawiano Simplex por pretensa agressão ao árbitro António Munguambe, em virtude de este ter validado um golo que foi antecedido de uma mão à bola de Marufo. Chiquinho Conde, treinador dos tricolores, declarou que a pessoa que aplicou a pena aos dois jogadores não entende nada de alta competição.

Se o Moçambola tivesse terminado na 13ª jornada, ou seja, na primeira volta, o Maxaquene teria juntado o título de campeão e ao de defesa menos batida da prova; todavia, depois das exclusões de Simplex e Zabula, duas unidades imprescindíveis na manobra defensiva da equipa de Chiquinho Conde, os tricolores começaram a registar resultados menos conseguidos.

Tal como aconteceu com Jotamo, que em 2011, ao serviço do Ferroviário de Pemba agrediu um juiz, o Conselho de Disciplina da Liga Moçambicana aplicou uma pena, diga-se em abono da verdade, duríssima aos dois atletas: três anos para Simplex e uma multa de cinco mil meticais, enquanto Zabula viu o castigado agravado em quatro anos de suspensão e oito mil meticais de coima. De acordo com Chiquinho Conde, treinador do Maxaquene, as pessoas que puniram os dois jogadores de alta competição não têm conhecimentos sobre a matéria, visto que nos outros países as penas não são tão severas ao contrário do que acontece em Moçambique.

“Já tivemos casos parecidos no mundo do futebol. O João Pinto agrediu o árbitro na Copa do Mundo de 2002, mas foi suspenso por seis meses apenas e quatro anos depois Zidane deu uma cabeçada no Materrazzi; porém, não recebeu uma punição severa. Em Moçambique as penas são duríssimas. Acho que quem puniu Zabula e Simplex não entende nada de alta-competição”, disse Conde para depois acrescentar o seguinte “na época passada o Luizão empurrou um árbitro e a pena não foi tão pesada; porém, aqui no nosso país as coisas são bem diferentes. Quando um jogador comete esse tipo de erro corre o risco de perder a carreira, visto que são quatro anos de suspensão”.

Para o timoneio dos tricolores onde há acção existe reacção, uma vez que os dois jogadores enfureceram-se com um erro crasso da equipa de arbitragem chefiada por António Munguambe; todavia, Chiquinho Conde disse que não é apologista de comportamentos do género. “Os dois atletas reagiram à vergonhosa arbitragem de António Munguambe e seus pares, mas eu não compactuo com este tipo de actos; contudo, o castigo foi demasiado pesado para quem apenas vive do futebol”.

Conde disse ainda que antes da suspensão dos dois agressores o Maxaquene era a defesa menos batida da fina-flor do futebol moçambicano, mas depois da decisão do Conselho de Disciplina da Liga Moçambicana de Futebol, a defesa de aço dos tricolores tornou-se permeável.

“Erámos a defesa menos batida do Campeonato mas depois da exclusão dos dois jogadores começámos a sofrer golos porque eles eram imprescindíveis na nossa manobra defensiva. Temos que procurar alternativas dentro do plantel para colmatar essas ausências de modo a continuarmos atrás dos nossos objectivos porque ainda estamos em três frentes: Moçambola, Taça de Moçambique e Taça da Liga”.

Refira-se que ao cabo de 19 jornadas o Maxaquene encontra-se na segunda posição com um total de 31 pontos, menos quatro que o líder Costa do Sol.

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