Cinquenta e cinco mil cajueiros foram destruídos, de Janeiro de 2010 a Setembro deste ano, em consequência das queimadas descontroladas e pragas na província de Nampula e os prejuízos estão estimados em mais de 700 mil meticais.
O delegado provincial do Instituto de Fomento do Caju (INCAJU) em Nampula, Emílio Furede, disse que os distritos de Eráti, Mossuril, Lalaua e Meconta são os mais afectados pelas queimadas descontroladas e pragas que provocam doenças tais como oídio e antracnose nos cajueiros.
Entretanto, a província de Nampula continua a registar um crescimento da produção daquela cultura de rendimento. Na campanha de 2013/2014 espera-se aumentar a produção para 40 mil toneladas, contra 37,015 toneladas da campanha anterior de 2011/2012.
Apesar das queimadas descontroladas, os distritos de Mogovolas e Eráti são os que mais irão contribuir para o aumento da referida produção. Espera-se por uma cifra de 6.000 e 5.202 toneladas, respectivamente, e uma receita de 500 milhões de meticais.
Para evitar o problema do fogo e o alastramento das pragas, o nosso interlocutor disse que o INCAJU, em parceria com as associações comunitárias, estão a desencadear palestras de sensibilização das comunidades com vista a persuadi-las a não aderir às queimadas descontroladas.
Emílio Furede avançou que o seu sector vai distribuir 1.325.000 mudas de cajueiros para substituir as plantas destruídas pelas queimadas descontroladas e pragas, incluindo a velhice dessa planta.
Importa referir que a província de Nampula possui mais de 19 milhões de cajueiros geridos pelo sector familiar, associações e 11 indústrias de processamento espalhadas pelos distritos.