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Quatro pessoas são presas por desabamento em Bangladesh; sobe número de mortos

Dois chefes da fábrica e dois engenheiros foram detidos em Bangladesh neste sábado, três dias depois do desabamento de um edifício onde roupas de baixo custo eram fabricadas para marcas ocidentais que provocou a morte de pelo menos 352 pessoas. Mais pessoas estavam sendo resgatadas com vida dos escombros, e a polícia disse que até 900 pessoas ainda estão desaparecidas, no pior acidente industrial de Bangladesh até o momento.

O dono do prédio de oito andares que caiu como um baralho de cartas em cima de mais de três mil jovens funcionários ainda está desaparecido. A polícia disse que vários de seus parentes foram detidos para obrigá-lo a se entregar, e um alerta foi emitido para as autoridades de aeroportos e fronteiras para impedir que ele fuja do país.

Autoridades disseram que o edifício Rana Plaza, nos arredores da capital Daca, foi construído em terreno poroso, sem as devidas autorizações e que os funcionários receberam ordem para entrar e trabalhar na quarta-feira, apesar de avisos dados no dia anterior de que o prédio estava estruturalmente inseguro.

A fúria gerada pela negligência provocou dias de protestos e confrontos e, neste sábado, a polícia usou gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha para conter os manifestantes que queimaram carros.

Dois engenheiros envolvidos na construção do complexo, foram detidos em suas casas na manhã deste sábado, disse o chefe de polícia de Daca, Habibur Rahman. Ele disse que eles foram presos por desconsiderar um aviso para não abrir o prédio, depois que um abalo foi sentido e rachaduras foram notadas em alguns pilares no dia anterior.

O dono e o diretor administrativo da maior das cinco fábricas do complexo, New Wave Style, se entregou na associação da indústria de vestuário do país durante a noite e eles foram entregues à polícia. Eles serão mantidos em prisão preventiva por um período inicial de 12 dias.

A fábrica, que tem muitos marcas de roupas europeus e norte-americanos entre os seus clientes, ocupava os andares superiores do prédio que autoridades disseram que haviam sido construídos ilegalmente.

“Todos os envolvidos – inclusive o projetista, engenheiro, e os construtores – serão presos por construir esse edifício defeituoso,” disse o secretário de assuntos internos, Shamsul Huq.

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