A Força de Defesa Nacional e Antigos Combatentes (FDNAC) do Burundi reivindicou, segunda-feira, a morte de 95 assaltantes e a captura de nove outros nos últimos cinco dias da ofensiva militar lançada contra um grupo armado ainda não identificado alegadamente proveniente da República Democrática do Congo (RDC), que queria tomar o controlo de Cibitoke, uma província do noroeste do Burundi.
Nas fileiras do Exército governamental, registou-se dois mortos, enquanto dois civis perderam a vida, segundo o primeiro balanço feito pelo porta-voz da FDNAC, coronel Gaspard Baratuza, desde a eclosão dos confrontos, nas vésperas do Ano Novo de 2015.
A identidade dos assaltantes não foi precisada pelo porta-voz militar que declarou que os próprios interessados ainda não reivindicaram o ataque. “Os inquéritos vão continuar e, se os assaltantes não se revelarem, o Exército burundês vai fazê-lo logo que obtenha todas as informações necessárias”, prometeu o responsável militar durante uma conferência de imprensa-balanço dos combates.
O porta-voz do Exército burundês negou que os militares burundeses tenham utilizado civis armados para perseguir os assaltantes. Ele declarou que se antigos combatentes forem culpados de execuções sumárias dos assaltantes, caberá à Justiça estabelecer as responsabilidades e punir os culpados.
O Burundi prepara-se para novas eleições gerais durante este ano e o responsável militar não descartou a hipótese de pessoas que queiram perturbá-las através de atos de insegurança.