As reservas de cereais na União Europeia devem atingir mínima de quatro anos ao final do ano comercial 2011/12, com a perspectiva duma menor safra ameaçando mais quedas na próxima temporada, disseram os comerciantes e analistas.
As reservas de alimentos estão no foco global, com o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA) a apontar estimativas abaixo do esperado sobre as quantidades de cereais nos EUA e reduções nos plantios de soja e trigo.
Os preços estão a subir como consequência, como mostra o índice de alimentos das Nações Unidas, colocando a inflação dos alimentos de volta à agenda económica.
As quantidades de cereais da União Europeia caíram fortemente durante a temporada 2010/11, quando a proibição de exportações da Rússia forneceu novas oportunidades de exportação, e devem cair ainda mais, ainda que a queda seja mais modesta, nesta temporada.
“Tem havido negociações da França com o Norte da África e isso criou um limite sobre qualquer reposição de quantidades que poderia ser vista na Europa”, disse o analista David Eudall, da Autoridade de Cereais Produzidos em Casa, da Grã-Bretanha.
as quantidades de cereais dos 27 países da UE devem cair para 28,2 milhões de toneladas ao final da temporada 2011/12, levemente abaixo ante as 31,7 milhões de toneladas no ano anterior, disse o Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) em relatório divulgado esta semana.
Este total é bem inferior às 47 milhões de toneladas do final da temporada 2009/10, de acordo com os dados do IGC.