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Qualificação para o CAN 2017: “Mambas” perdem três pontos em casa

Qualificação para o CAN 2017: “Mambas” perdem três pontos em casa

Em casa, no estádio nacional do Zimpeto, neste domingo (14), a selecção nacional de Moçambique foi incapaz de cumprir a sua obrigação e perdeu três importantes pontos na qualificação para o Campeonato Africano das Nações (CAN) de 2017, com a modesta selecção ruandesa. Agora, para manter o objectivo de voltar a uma fase final do CAN sete anos depois, é obrigatório não perder os restantes dois jogos como anfitrião, um deles contra o Gana que reafirmou o seu estatuto de favorito no grupo H, goleando as Ilhas Maurícias.

Materializando a sua promessa de jogar para ganhar, João Chissano montou uma equipa ofensiva, sem abdicar do seu habitual 4-3-3, porém, com apenas um médio defensivo em vez dos dois trincos de partidas anterior.

Mas ainda os “Mambas” não tinham começado a jogar o seu futebol quando o Ruanda, no 3º minuto, chegou à baliza de Ricardo pela primeira vez e fez o único golo da partida.

Jogada de insistência, Jacques, na lateral direita, cruzou para o centro da área onde Ernest Sugira aproveitou a apatia de Mexer e Zainadine, e a hesitação do guarda-redes moçambicano, para cabecear para o fundo das redes.

Os adeptos, a maioria ainda se estava a sentar nas bancadas do estádio, aplaudiram, procurando galvanizar os “Mambas”. Afinal ainda havia muito tempo para empatar e dar a volta ao marcador.

E os pupilos de João Chissano até pegaram na bola e foram à procura da igualdade. À passagem do minuto 12, Dominguez, com um passe magistral, colocou a bola nos pés de Josemar, que passou por um contrário e rematou por cima da baliza de Eric.

Aos 19 minutos, na marcação de um livre no flanco esquerdo, Ronny cruzou para a cabeça de Sonito que cabeceou para uma defesa incompleta de Eric, mas na recarga Reginaldo rematou e a bola ao lado.

Com dois médios criativos, Dominguez e Josemar, as jogadas de ataque sucediam-se mas quando os ruandeses ganhavam a bola, e saiam em contra-ataque, Jumisse não chegava para segurar o meio- campo.

À passagem do minuto 29, Clésio, depois de receber o esférico de Josemar, passou por dois adversários e rematou forte para, mais, uma grande defesa de Eric.

Três minutos depois, Dominguez, com um passe teleguiado, isolou Sonito, mas este rematou cruzado e a bola passou a escassos centímetros do poste esquerdo de Eric.

O irlandês Johnny McKinstry vinha para não perder e a táctica incluía queimar tempo, fingindo lesões e arrastando reposições de bola, como reconheceu o próprio no final da partida.

“Vencer fora em África é muito difícil, mesmo as grandes selecções têm dificuldade em fazê-lo. O Ruanda não teve bons resultados fora nos últimos dois anos. Por isso sabíamos que teríamos que defender como leões hoje e fizemos isso. Marcámos na nossa primeira oportunidade e nos últimos minutos ainda tivemos mais duas a três oportunidades de aumentar (…) Moçambique é uma boa equipa por isso estamos satisfeitos por vir aqui e ganhar os três pontos”.

Faltou Dominguez

Assim que soou o apito inicial da 2ª parte, os “Mambas” voltaram ao ataque. Depois de uma excelente triangulação com Dominguez, Josemar tentou servir Sonito no centro, mas Olivier, que entretanto entrou para o lugar do lesionado Eric, conseguiu cortar o lance. Mas o baixinho avançado voltou a ganhar a bola e serviu Clésio que, na passada, rematou contra a muralha defensiva ruandesa.

O Ruanda, em contra-ataque, continuava a criar perigo. No minuto 51, depois de uma perda de bola de Josemar, Mugiraneza lançou Haruna que, do meio da rua, rematou, passando o esférico ao lado da baliza de Ricardo Campos.

Apercebendo-se de que estava a perder a batalha na zona intermediária, João Chissano tirou Josemar, lançou Luís, e depois trocou Reginaldo por Diogo.

De bola parada Moçambique voltou a criar perigo. Ronny serviu Sonito, na transformação de um livre, mas o avançado chutou, mas a bola passou ao lado da baliza.

Perto do minuto 90, Bizimana ganhou o esférico no meio-campo, galgou terreno até a grande área e rematou e a bola passou ao lado da baliza de Ricardo Campo.

Depois foi o inconsequente tudo por tudo mas, além da pontaria e frieza no ataque, faltou a magia de Dominguez.

“Pusemos tudo o que tínhamos em campo para desfeitear a defesa do Ruanda mas eles estiveram muito fechados desde o princípio dificultaram-nos ao máximo. Não conseguimos fazer o golo apesar de termos tido oportunidades flagrantíssimas”, afirmou João Chissano, após o apito final, mas não deixa de sonhar com o apuramento. “O Ruanda é uma selecção que, mesmo na sua casa, está ao nosso alcance”, prognostica o seleccionador nacional.

A 4 de Setembro, Moçambique vai defrontar as Ilhas Maurícias e, mais do que ganhar, deve golear para poder rivalizar com o Gana que lidera o grupo após golearem os mauricianos por 7 a 1.

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