A selecção nacional de Futebol partiu, na tarde da terça-feira (30), para Ilhas Seychelles onde, no sábado (04), vai medir forças com a sua congénere local em partida da segunda mão da primeira eliminatória de acesso Can-Interno, cuja fase final terá lugar em 2016, no Ruanda. No primeiro embate o combinado nacional venceu pelos categóricos 5 a 1. O seleccionador interino, Mano-Mano, advertiu que os seus pupilos não vão relaxar mesmo com a folgada vantagem conseguida no Caldeirão de Chiveve.
Depois de uma sessão de treinos que teve lugar no relvado do Estádio 1º de Maio, arredores da Cidade de Maputo, a selecção nacional de Moçambique seguiu viagem para as Ilhas Seychelles. Hélder Muianga ou simplesmente Mano – Mano, como é carinhosamente tratado nos meandros desportivos, contou apenas com os jogadores que jogam nos clubes da capital moçambicana, visto que os restantes juntaram-se ao grupo nas vésperas da viagem.
Segundo uma fonte da Federação Moçambicana de Futebol, os Mambas vão efectuar mais três sessões de treino em território ilhéu.
Somente uma hecatombe vai afastar Moçambique da segunda eliminatória de acesso Can-Interno de 2016, uma vez que o combinado nacional tem uma vantagem de quatro golos e terá pela frente um adversário acessível.
Para Mano-Mano, seleccionador nacional interino, apesar da vantagem, os seus jogadores não vão relaxar porque ainda faltam 90 noventa minutos e o resultado da primeira mão ficou para a história e, por isso, deve ser esquecido.
“A vantagem é confortável, mas temos de esquecer o jogo da Beira e entrar como se estivéssemos a começar do zero. Partimos sabendo de antemão que nunca foi fácil jogar fora, para além de que nunca as partidas foram idênticas. Portanto a rapaziada está motivada. Não estávamos completos na primeira sessão de treinos, mas deu para notar que os atletas estão confiantes”, disse o «interino» para depois declarar o seguinte “ O que é importante agora é meter na cabeça dos jogadores que o resultado da Beira ficou para a história. A eliminatória não acabou, temos de chegar às Seychelles e correr por um resultado que nos garanta a passagem para outra a fase”.
Mesmo com os poucos dias de trabalho no território moçambicano, Mano-Mano mostrou-se confiante na obtenção de um bom resultado. “Os nossos jogadores estão rotinados, maior parte deles está a competir, pelo que não teremos grandes problemas. Aliás, praticamente são os mesmos jogadores convocados para o jogo da primeira «mão». Zé Luís é a grande baixa e teremos de encontrar uma solução dentro do grupo de trabalho para colmatar esta ausência”.
“A derrota frente ao Ruanda foi uma grande lição”
Para o segundo jogo frente os ilhéus, o seleccionador nacional convocou o recém – regressado da segunda divisão do futebol português, Edson Almeida, e de acordo com Mano – Mano o jogador da Liga Desportiva será uma mais-valia no combinado nacional.
O jovem defesa central conhece os cantos da casa, visto que nas eliminatórias de acesso aos Jogos Africanos na categoria dos su-23, por sinal da qual saiu o grosso dos jogadores que integram a campanha para o CHAN.
“Este é o seu regresso e o facto de já pertencer à Liga Desportiva coloca-o à disposição para fazer parte desta campanha. Portanto ele não é uma novidade”.
Continuando, o timoneiro dos Mambas, pelo talento que reina no seio do combinado nacional, disse que o combinado nacional terá sucesso nesta campanha.
“Estes jogadores já provaram que são talentosos e temos de apostar neles e, ao mesmo tempo, começar a olhar para estes jovens com maior atenção. O Moçambola está a dar grande qualidade a estes atletas e para evoluírem precisam de mais jogos internacionais com equipas do calibre do Ruanda e do Gana”.
No que diz respeito ao confronto com os ruandeses que culminou com a demissão de João Chissano do comando técnico dos Mambas, Mano-Mano comentou que o embate foi uma grande lição.
“A finalização continua a ser o calcanhar de Aquiles do futebol moçambicano. O jogo frente ao Ruanda denunciou as nossas fragilidades nesse capítulo, porém, demos mostras de alguma melhoria na partida frente as Ilhas Seychelles em que marcamos cinco jogos”.
Refira-se quem em caso de eliminar os ilhéus Moçambique vai medir forças com o vencedor da eliminatória entre a Zâmbia e a Namíbia.
Eis a lista dos jogadores convocados:
Guarda-redes – César Machava (Costa do Sol) e Wilson (Desportivo de Maputo);
Defesas – Chico, Edmilson (Ferroviário de Maputo), Norberto (Ferroviário de Nacala), Dito, Gerson (Costa do Sol) e Edson Almeida (Liga Desportiva);
Médios – Diogo (Ferroviário de Maputo), Momed Hadj, Ussama (Costa do Sol), Cremildo (HCB de Songo), Gildo e Reinildo (Ferroviário da Beira):
Avançados – Mário (Ferroviário da Beira), Isac (Maxaquene) e Luís (HCB de Songo)