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Quadros qualificados abandonam sector de águas

Os quadros do sector de águas estão a abandonar o sector para integrarem-se na área de minas e hidrocarbonetos em Moçambique. Este facto está a ameaçar os progressos e a sustentabilidade dos programas desenvolvidos com vista a garantir o abastecimento de água, saneamento e a gestão dos recursos hídricos.

O Ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, considera que por detrás desta realidade está o surgimento de outras actividades económicas que garantem melhores rendimentos.

“Entendemos que essas áreas também são importantes para o país e precisam de quadros qualificados. Mas temos que encontrar formas de criar maior motivação para reter esses técnicos dentro do sector”, afirmou Muthemba, citado, Quinta-feira, pelo “Noticias”.

Por seu turno, Jan Huesken, ponto focal dos parceiros de cooperação e chefe adjunto da missão do Reino dos Países Baixos, disse, na abertura do encontro de avaliação conjunta, que a fuga dos quadros do sector de aguas para o emergente, exige novas estratégias de atracção de pessoal altamente qualificado, incluindo salários adequados e uma carreira profissional aliciante.

Os doadores referem que Moçambique precisa de instituições bem desenvolvidas para gerirem o grande potencial de recursos que o país possui, de modo a se alcançar um desenvolvimento inclusivo e sustentável.

Da revisão conjunta sobressalta o facto de Moçambique estar próximo de alcançar os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM’s), no tocante ao abastecimento de água urbana.

Contudo, este encontro constatou que os esforços na área do saneamento do meio não estão a ser suficientes.

“Com os poucos meios que tínhamos, preocupamo-nos com o abastecimento de água. A questão do saneamento também é importante e já há progressos mas não ao nível desejado”, disse, por outro lado, o Ministro Cadmiel Muthemba.

O Governo pretende aumentar o fornecimento e acesso a água potável nas zonas rurais e vilas para 69 por cento, servindo cerca de 13,5 milhões de pessoas e para 70 por cento nas zonas urbanas até 2014, servindo 4 milhões de habitantes.

Quanto ao saneamento pretende-se atingir 48 por cento da população nas zonas rurais e 80 nas zonas urbanas, contribuindo deste modo para o alcance das metas do milénio.

Actualmente, os níveis de abastecimento de água situam-se em 59,9 por cento nas zonas rurais, e em 64 por cento nas zonas urbanas.

As metas do milénio tem como meta reduzir para metade o número de pessoas sem acesso a água potável e saneamento.

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