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“Sem dinheiro não haverá Mundial”

Cerca de oito mil trabalhadores públicos reuniram-se na manhã desta segunda-feira, no centro de Joanesburgo, em greve geral por melhores salários. A previsão é que 130 mil trabalhadores em todo o país só voltem ao trabalho após receberem 15% de aumento.

Na Cidade do Cabo e em Durban também aconteceram manifestações pacíficas, mas em East London houve tiros em confronto com a polícia. Um grevista de 60 anos foi atingido, mas sem gravidade, segundo a polícia. Outras sete pessoas foram presas.

A paralisação afeta, entre outros setores, hospitais públicos, coleta de lixo e linhas de autocarros (embora o transporte mais popular no país sejam os “chapas”). Os trabalhadores fizeram várias referências ao Mundial, que começa em menos de 60 dias. “Sem dinheiro, sem Mundial”, gritavam eles.

“Enquanto nós recebemos amendoins para trabalhar, eles querem organizar um Campeonato do Mundo de futebol”, ironizava um cartaz.

Os grevistas marcaram o próximo protesto para quinta-feira, justamente no dia em que a Fifa abrirá a última fase da venda de bilhetes para a Copa, com guichês espalhados por vários pontos do país. A paralisação, no entanto, deve comprometer a procura, já que fechará algumas ruas e dificultará o trânsito das pessoas, como aconteceu esta segunda.

O sindicato que organizou a manifestação espera que a proximidade do Mundial ajude nas reivindicações. – Acredito que os empregadores vão responder às reivindicações para não prejudicarmos a Copa. É hora de eles acordarem e negociarem conosco – disse o diretor do sindicato, Steve Falconer.

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