O Vice-ministro da Defesa Nacional, Agostinho Mondlane, asseverou nesta sexta-feira (16) em Maputo, que a situação política de Moçambique é estável, pese embora os confrontos armados entre forças governamentais e homens armados da Renamo.
Mondlane, que falava durante a Reunião Anual com os adidos de defesa residentes e não residentes acreditados em Moçambique, explicou que todas as instituições do Estado estão em pleno funcionamento. “Num contexto em que as liberdades fundamentais dos cidadãos e o Estado de direito se aprofundam e se consolidam, apesar de algumas acções violentas, levadas a cabo por homens armados da Renamo contra população indefesa, Moçambique mantém-se estável”, disse ele.
Enquanto isso, o governo moçambicano continua a encorajar e promover o diálogo com os diversos sectores da sociedade civil e partidos políticos, incluindo a própria Renamo, com quem mantém encontros regulares. Porém, o governo lamenta o facto de até a presente data persistir um impasse em torno das pretensões da Renamo sobre a revisão da legislação eleitoral.
Num outro desenvolvimento, o vice-ministro afirmou que os recursos naturais constituem um importante contribuinte no processo de desenvolvimento económico e social das nações, da qual irá resultar na criação crescente de condições para o bem-estar espiritual, social e material dos cidadãos. Na perspectiva de acelerar o passo, segundo aquele dirigente, o Governo tem promovido uma exploração sustentável dos recursos naturais, rumo a erradicação da pobreza em Moçambique.
“A melhoria e expansão contínua de infra-estruturas económicas e sociais seria a forma principal de distribuição equitativa da renda”, vincou Mondlane.
No campo de segurança pública, o vice-ministro congratula-se pelo facto de os índices de criminalidade registarem uma tendência decrescente. “Comparativamente aos índices que se registaram até finais do ano passado, de Janeiro para cá, a criminalidade tende a baixar de intensidade, apesar de registarem-se casos de crime violento, protagonizados por grupos organizados e equipados com armas de fogo e instrumentos contundentes”, disse.
O vice-ministro aproveitou a oportunidade para abordar o problema da pirataria marítima que afecta a costa oriental de África, bem como a imigração ilegal. A incidência de ambos os fenómenos tende a reduzir e aquele governante atribui o facto a “realização de operações conjuntas e combinadas a nível internacional”. Estas operações conjuntas envolvem os países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), particularmente a vizinha África do Sul e Tanzânia.
Na ocasião, Mondlane também apontou o combate a caça ilegal como sendo uma das prioridades das FADM. A caça ilegal é “particularmente grave para nós, dado que Moçambique é um dos países da SADC com consideráveis recursos faunísticos que são de especial importância, pela sua dimensão ambiental, económica e social”. Participaram, no evento mais 40 adidos de defesa acreditados em Moçambique.