O presidente russo, Vladimir Putin, disse neste sábado que é necessária a cooperação global para enfrentar o terrorismo, após o ataque de militantes islâmicos contra estrangeiros em um hotel de luxo no Mali, que matou pelo menos pessoas. Entre os mortos estão seis funcionários da companhia aérea regional russa Volga-Dnepr, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia neste sábado.
O ataque de sexta-feira no hotel Radisson Blu, em Bamako, ocorreu uma semana após uma série de ataques na capital da França reivindicados pelo Estado Islâmico e que mataram 130 pessoas.
Também na sexta-feira, a França estendeu o estado de emergência do país até Fevereiro, enquanto a polícia segue com as operações e investigações, que já contam com mais de 250 detidos. O
derramamento de sangue no Mali foi o mais recente sinal dos problemas enfrentados pelas tropas francesas e de forças da ONU que têm por objectivo restaurar a segurança em um Estado do oeste da África que luta por anos contra rebeldes e militantes no seu deserto.
O ataque no hotel Radisson Blu, reivindicado pelos grupos jihadistas Al Mourabitoun e Al Qaeda no Magrebe Islâmico, acabou quando forças de segurança do Mali invadiram o prédio e resgataram 170 pessoas, muitas delas estrangeiras. De acordo com o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, dois militantes foram mortos na operação de comando.
O governo de Keita aumentou a segurança em pontos estratégicos em torno de Bamako, no início de um estado de emergência de 10 dias.
Num telegrama de condolências ao presidente Keita, o presidente Putin diz que “uma cooperação internacional mais ampla é necessária” para enfrentar o terrorismo global, de acordo com um comunicado do Kremlin.
Na terça-feira, Putin prometeu caçar os rebeldes islâmicos responsáveis ??pela explosão de um avião russo enquanto sobrevoava o Egipto em 31 de Outubro, bem como intensificar os ataques aéreos contra os rebeldes na Síria, após o Kremlin concluir que foi uma bomba a responsável pela destruição do avião que matou 224 pessoas.
O presidente chinês, Xi Jinping, condenou o ataque no Mali, que matou três executivos chineses de uma ferroviária estatal, chamando-o de “cruel e selvagem”.