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PTT adianta-se a Shell na oferta pela Cove

A tailandesa PTT propõe-se comprar a irlandesa Cove Energy por 1,131 mil milhões de euros, acima da que, última semana, o gigante petrolífero anglo-holandês tinha apresentado pela empresa que explora gás no norte de Moçambique.

A Cove Energy, baseada em Dublin e listada na bolsa de Londres, está a ser alvo do interesse de grandes empresas mundiais do sector, atraídas pela sua participação, com 8,5 por cento, num consórcio liderado pela norte-americana Anadarko, que explora gás num lote na bacia do Rovuma, no norte de Moçambique.

A proposta da PTT já foi ‘totalmente apoiada’ pelo governo tailandês que a considera um significativo investimento em Moçambique. Na última semana, a Shell tinha oferecido 1158 mil milhões de euros pela totalidade da Cove.

Agora, face à nova proposta, a administração da Cove anunciou estar em conversações com os dois candidatos.

Recorde-se que a petroleira anglo-holandesa Royal Dutch Shell havia feito uma oferta de 1,55 mil milhões de dólares pela Cove, que tem também operações de gás natural liquefeito (GNL) no Quênia.

A oferta da Shell equivale a 195 centavos de libra por acção da Cove Energy, um prêmio de 73,3% em relação ao preço de fechamento em 4 de janeiro, antes do início do processo de venda.

O conselho de administração da Cove acredita que a proposta é suficientemente atractiva e diz que vai ajudar a Shell a atingir um ponto onde se sinta confortável para fazer uma oferta formal.

O acordo ainda depende da aprovação das autoridades reguladoras, incluindo o aval do governo de Moçambique, relacionado à participação de 8,5% da Cove no bloco Rovuma Offshore Area 1.

“A Cove marcaria a entrada da Shell em animadoras novas províncias de hidrocarbonetos em Moçambique e no Quênia, com potencial significativo para novos projectos de GNL, com recentes descobertas de gás na costa de Moçambique, além de posições exploratórias complementares na África Oriental”, diz a Shell no documento da oferta.

Estima-se existirem reservas superiores a 30 biliões de pés cúbicos de gás, e na região opera igualmente o consórcio liderado pela italiana ENI e que integra a portuguesa GALP.

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