Os promotores no tribunal de Haia para crimes de guerra disseram, esta Quinta-feira, depois de garantirem a sua primeira condenação da história, que o chefe militar congolês Thomas Lubanga Dyilo deve ser sancionado com máximo de 30 anos de prisão por mandar crianças para a batalha.
Eles também pretendem exigir que o presidente Joseph Kabila entregue um general do Exército em serviço, Bosco Ntaganda, que foi promovido depois de ser indiciado com Lubanga pelo Tribunal Penal Internacional e que agora enfrenta novas acusações de estupro e assassinato em massa.
Lubanga, 51 anos, foi considerado culpado, Quarta-feira, no primeiro veredito proferido pelo TPI desde que foi criado, há 10 anos.
O promotor Luis Moreno-Ocampo disse que era difícil definir uma punição apropriada para um homem que tinha prejudicado a vida de tantos meninos e meninas, pressionados a servirem o Exército quando eram menores de 15 anos.
“Se vamos pedíssemos um ano por criança, iríamos muito além do máximo de 30 anos estabelecido pela lei”, afirmou ele. “Vamos buscar uma sentença próxima do máximo.”
Lubanga recrutou e comandou crianças em 2002 e 2003, durante uma guerra de cinco anos na região de Ituri, que deixou cerca de 60.000 mortos. Ele tem 30 dias para recorrer.