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Profissionalizar e capitalizar microfinanceiras para criar sistema financeiro mais inclusivo, propõe direcção da AMOMIF

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“Profissionalizar, modernizar e capitalizar as instituições microfinanceiras são actividades indispensáveis para se criar um sistema financeiro mais inclusivo. Promover e realizar estas actividades são as linhas mestras do nosso plano de ação para o novo mandato” – declarou o economista António Souto, reeleito no dia 30 de Novembro último, em Assembleia Geral da Associação Moçambicana de Operadores de Microfinanças (AMOMIF), para mais um mandato à frente da direcção desta agremiação socioeconómica.

O relatório de actividades realizadas destacou a (i) continuidade do programa de subvenções aos membros para a instalação de software de gestão de carteiras financeiras, (ii) realização de programas de treinamento em matérias de manuseamento de ferramentas de gestão a membros das províncias de Zambézia, Sofala e Inhambane; (iii) com base na informação recolhida num inquérito de pesquisa das necessidades de formação dos membros, a AMOMIF iniciou a realização de vários cursos de Gestão de Crédito para as instituições de microfinanças, tendo o primeiro sido realizado em três dias com presença física em Maputo e outros de forma virtual, abrangendo participantes de quase todas as províncias do País.

Além destas actividades de âmbito interno, a direcção da AMOMIF tem desenvolvido uma intensa actividade de advocacia e lobby com vista a reforçar o potencial das microfinanças na melhoria da inclusão financeira. Neste âmbito, a associação está a participar no comité directivo de vários projectos focados na promoção de serviços financeiros a empresas rurais, bem como na assistência a actividades de formalização da economia, por via da educação financeira.

Das preocupações expressas pelas instituições microfinanceiras e relativamente às quais a direcção da associação deverá priorizar, nos próximos quatro anos do seu novo mandato, destaca-se a necessidade de um melhor enquadramento legal dos diferentes tipos de operadores por parte do regulador. Outra prioridade é a necessidade de se implementar um fundo de refinanciamento estruturado em moldes que permita a estas instituições conceder créditos e assistência aos clientes no sector de microempresas, assegurando o seu crescimento e sustentabilidade.

O plano de actividades para 2024 apresentado pela nova direção prioriza actividades como i) disseminação de melhores práticas para que a organização e seus membros alcancem padrões de desempenho cada vez mais elevados; ii) incentivos de apoio à implementação de ferramentas de gestão e uma gestão mais eficaz dos recursos disponíveis; iii) apoio aos operadores de microfinanças para se adequarem ao novo quadro regulatório estabelecido pela autoridade reguladora; (iv) fóruns regionais de microfinanças com vista a identificar e implementar serviços com impacto na inclusão financeira e, em particular, no empoderamento da mulher; (v) reforço da capacidade de gestão das instituições com particular enfoque na melhoria da sua resiliência face a choques económicos e financeiros conjunturais; (vi) actividades de advocacia envolvendo assistência jurídico-regulatória para implementação dos normativos da autoridade reguladora, assim como a divulgação de informação de apoio à implementação da estratégia governamental de inclusão financeira e finanças rurais.

Face aos desafios acrescidos assumidos pela associação, a nova direcção eleita foi reforçada, contando agora com uma vice-presidente, Isabel Lubrino, e quatro vogais: Bernardo Tembe, Enoque Changamo, Virgínia Maquechemo e Sérgio Macamo.

Em apoio a estas actividades, a AMOMIF, em parceria com a Gapi-Sociedade de Investimentos, vai participar numa plataforma de comunicação focada no tema “Finanças para o Desenvolvimento” cujo lançamento está previsto para o dia 13 de Dezembro próximo.

No passado recente, bem como para a implementação das actividades previstas no plano de 2024, esta agremiação tem recebido assistência financeira do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (IFAD) através do projecto REFP.

No encerramento da Assembleia Geral, a direção da associação saudou este apoio. Esta foi a segunda Assembleia Geral da AMOMIF no corrente ano e contou com a participação em presença física ou virtual de um total de 30 membros dos 56 inscritos na associação.

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