Os professores da província da Zambézia que passaram as festas sem os salários de Novembro e Dezembro do ano passado, cuja maior parte deles é está afecta aos distritos de Nicoadala, Mocuba, Inhassunge, Morrumbala, Mopeia e Chinde, poderão ser pagos a 20 de Janeiro em curso, de acordo com governador local, Joaquim Veríssimo.
À comunicação social, o governante alegou, esta terça-feira (31), na cidade de Quelimane, que houve um mau preenchimento das fichas bancarias, o que, por conseguinte, resultou no sofrimento a que os docentes estão submetidos.
Entretanto, a justificação de Joaquim Veríssimo parece descabida na medida em que não se explica ter havido as tais falhas bancárias em dois meses consecutivos. A ser verdade que isso aconteceu, o problema devia ter sido resolvido logo em Novembro e criar-se maneiras de não privar do seu salário magro a quem garante a instrução dos futuros quadros da nação.
Aliás, uma vez desconhecidas, publicamente, as reais razões que causaram o não pagamento dos vencimentos dos pedagogos, fica notável o desleixo do Governo Central e da Zambézia em relação aos problemas dos docentes. Recorde-se de que o Executivo deve milhares de meticais de horas extras a esse pessoal que, para além de trabalhar em condições inadequadas, é aparentemente desvalorizado.
Joaquim Veríssimo, que fez questão de convidar a Imprensa para sacudir o “capote”, disse, também, que o atraso dos salários dos professores já não é da responsabilidade da Direcção Provincial das Finanças na Zambézia, mas sim, dos docentes. Refira-se que para além de professores, há pouco mais de 20 técnicos do sector da Saúde na Zambézia que estão na mesma situação.