Celebram-se a 5 e 12 de Outubro corrente, os dias Internacional e Nacional dos Professores, respectivamente. Porém, a falta de progressão e promoção na carreira profissional, dos meios de trabalho e os baixos salários, são alguns problemas crónicos que preocupam os pedagogos.
Segundo o secretário para os assuntos sociais, profissionais e de género na Organização Nacional dos Professores (ONP), António Armando, os docentes estão igualmente preocupados com o facto de gastarem dinheiro com a formação para depois engavetarem os seus diplomas por falta de colocação porque o Governo diz que não tem dinheiro.
A ONP, nas palavras do nosso entrevistado, é de opinião de que a qualidade de ensino depende de professores qualificados, parte dos quais são os que não têm colocação. Não obstante as dificuldades com que se debate, a ONP vangloria-se por ter conseguido pôr fim à exclusão dos professores na concepção do Plano Estratégico do Sector da Educação, situação que prevalecia há 31 anos. Desta vez, o Plano 2012/2016 contou com as suas contribuições.
Em relação às festividades do dia dos professores, a agremiação agendou vários eventos, de entre os quais feiras de saúde e de gastronomia. Este ano os dias Internacional e Nacional dos Professores decorrem sob lemas “a situação do pessoal docente e não-docente” e “pela justiça e valorização do trabalho docente na escola”, respectivamente.
Entre 5 e 6 deste mês, a ONP realiza o seu II Conselho Nacional na cidade de Chimoio, província de Manica. No encontro serão discutidos vários assuntos, tais como a situação económica e financeira da organização, criação de parceria com uma instituição bancária e de um banco de dados para uso interno.
Refira-se que a ONP tem cerca de 14 mil membros em todo o país. Este ano assinala 32 anos de existência.
