O procurador chefe distrital de Govuro, em Inhambane, Mário Cândido Mirione, está suspenso das suas funções, depois de se ter provado o seu envolvimento na prática de diversos actos ilícitos.
A decisão foi tomada por Conselho Superior de Magistratura do Ministério Público, em conexão com o envolvimento Mirione no desvio de fundos de Estado, em montante não especificado, com intervenção de outros funcionários do sector.
Aquele magistrado e seus colaboradores usavam vias ilegais para se apoderarem dos fundos do erário público retirados da Direcção Provincial do Plano e Finanças, com recurso a esquemas obscuros.
Mário Cândido Mirione, que recentemente foi condenado por condução ilegal, que resultou num acidente de viação, é igualmente acusado de ter agredido fisicamente um membro da Polícia da República de Moçambique.
A suspensão daquele magistrado foi tornada pública à margem da visita de dois dias, terminada Terça-feira, do procurador-geral da República, Augusto Paulino, no âmbito do acompanhamento do trabalho realizado pelo gabinete provincial de combate à corrupção em Inhambane.
Na mesma ocasião, soube-se que o gabinete provincial está a investigar casos relacionados com 50 processos por corrupção que já deram entrada naquela instituição.
Ana Maria Gemo, directora do gabinete Central do Combate à Corrupção, fez saber ainda que, do trabalho efectuado em Inhambane, constatou-se que há tendências de aumento de índices de corrupção durante o processo de contratação de funcionários públicos nesta província.
Esta tendência, segundo a nossa fonte, será seguida rigorosamente e convida a população a denunciar estes casos.
“É necessário que o gabinete siga com a tenção a corrupção relacionada com a contratação de funcionários públicos. Deixamos esta recomendação aos magistrados para se empenharem cada vez mais no sentido de detectar estes casos. O gabinete deve melhorar a sua interacção com a população. Deve ser amigo do povo” – apelou Ana Maria Gemo.
A nossa fonte considera que a articulação com a população vai permitir ao gabinete medir o real pulsar da prática da corrupção em diversos sectores e permitirá maximizar as acções para seu combate. A medida permitirá ainda que a população conheça o gabinete e o seu papel.