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Problema na subestação eléctrica do Songo causa apagão no Centro e Norte de Moçambique

O Centro e o Norte de Moçambique ficaram às escuras na noite desta segunda-feira(21) devido a um problema registado na subestação eléctrica do Songo, localizada no distrito de Cahora Bassa, na província de Tete. O apagão prolongou-se até a manhã desta terça-feira(23) nas províncias de Manica e Sofala.

De acordo com a Electricidade de Moçambique(EDM) o apagão aconteceu às 20 horas e 53 minutos e foi originado por um “disparo na subestação do Songo, tendo resultado na falta de energia eléctrica nas províncias de Manica, Sofala, Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado”, refere um comunicado da empresa estatal que acrescenta que, da investigação preliminar realizada, “apurou-se que se tratou da explosão de um pólo disjuntor da linha B00 (linha 220kv Matambo – Chibata)”.

Ainda segundo o comunicado que estamos a citar os técnicos da EDM conseguiram ainda durante a noite de segunda-feira restabelecer o fornecimento de energia às províncias de Tete, Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado através do isolamento do disjuntor danificado.

Contudo só perto do fim da manhã desta terça-feira é que o fornecimento de electricidade foi reposto na província de Manica, que está a ser abastecida através da Central de Chicamba. Em Sofala foi criada uma solução alternativa para garantir o abastecimento de energia à cidade da Beira, accionando a Central a diesel local.

O comunicado da EDM não refere qual a causa da explosão e nem se continuarão a existir cortes de energia ou se haverá restrições no fornecimento de electricidade aos cerca de 350 mil consumidores que existem no Centro e Norte de Moçambique.

Recorde-se que uma outra avaria, na subestação da Matola, está a originar restrições no fornecimento de energia, desde o passado dia 30 de Setembro, aos clientes da estatal que detém o monopólio do transporte, distribuição e venda a retalho da electricidade em todas a região Sul de Moçambique.

Desde 1 de Novembro que as tarifas domésticas de electricidade aumentaram em mais de 15%.

Nos últimos anos a Electricidade de Moçambique deixou de prestar grande parte dos serviços que lhe competem e, segundo um estudo de 2014 do CIP, “passou a funcionar como uma rede ou agência de concessão de empreitadas, que servem os interesses da elite política. Exemplo disso são os simples trabalhos de substituição de cabos eléctricos e electrificação cedidos a empresas de antigos dirigentes e desta forma despendo mais dinheiro desnecessariamente”.

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