Os “cyberbullies”, pessoas que assediam ou ofendem outras nas redes sociais, que têm incomodado atletas olímpicos receberam uma mensagem clara, Terça-feira (31), com a prisão dum homem suspeito de publicar ofensas na Internet, mas o tema sublinhou uma discórdia na maneira como se deve lidar com abusos no Twitter.
A polícia deteve um jovem de 17 anos pela suspeita de comunicação mal intencionada depois de o saltador britânico Tom Daley ter recebido tuítes a dizerem que ele havia decepcionado o seu falecido pai por terminar em quarto lugar e ficar sem medalhas.
Segunda-feira (30), o jogador de futebol suíço Michel Morganella foi eliminado dos Jogos por tuitar que os sul-coreanos podiam “arder no inferno” depois de ser derrotado por eles, mas não foi preso.
A saltadora tripla grega Paraskevi Papachristou foi expulsa da sua delegação dois dias antes do início oficial da Olimpíada depois dum tuíte em que debochava de imigrantes africanos.
Não se iniciou nenhuma acção legal. O advogado David Allen Green, chefe da media do escritório londrino de advocacia Preiskel & Co, que recentemente obteve um veredicto inédito sobre medias sociais na Suprema Corte, disse que há várias maneiras para lidar-se com o uso impróprio do Twitter.
“Os promotores, reguladores e organismos profissionais têm alguma descrição para tratar desses assuntos, e podem decidir se há uma brecha nalgum código regulatório ou disciplinar”, afirmou à Reuters.