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Primeiro-Ministro desafia novo PCA da EDM a garantir energia com qualidade e fiável aos moçambicanos

O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, desafiou Mateus Magala, novo PCA da Electricidade de Moçambique (EDM), a assegurar o fornecimento de energia eléctrica com qualidade, segurança e fiabilidade aos moçambicanos e, também, transformar a empresa numa referência nacional, regional e internacional. Todavia, os cortes na provisão de serviço público têm sido frequentes, quase todos os dias, em todos os centros urbanos do país.

O problema que tem deixado os clientes da EDM irados resulta, entre outras razões, do facto de estar firma deter o monopólio na prestação destes serviços, da degradação das infra-estrutura de transporte e de distribuição de energia e, em grande medida, da falta de manutenção do canais de distribuição, bem coma do crescimento número de consumidores que tende a ser, cada vez mais, superior à quantidade de corrente eléctrica disponível.

Aliás, a EDM tem sido rotulada como entidade dos “camaradas” e acusada de ter deixado de “prestar serviços que lhe competem”, tendo passado “a funcionar como uma rede ou agência de concessão de empreitadas, que servem os interesses da classe política no poder. Exemplo disso são os simples trabalhos de substituição de cabos eléctricos e electrificação cedidos a empresas de antigos dirigentes e desta forma despendo mais dinheiro desnecessariamente. A falta de transparência e de integridade nas actividades desenvolvidas pela EDM serve de fonte de negócio para as elites políticas do país”, de acordo com um estudo do Centro de Integridade Pública (CIP).

Segundo o Primeiro-Ministro, Moçambique detém um potencial energético considerável, o que o coloca em condições de satisfazer não só o consumo interno, mas também as necessidades da região da África Austral.

O estudo a que nos referimos indica ainda que a qualidade da energia fornecida pela EDM aos moçambicanos é de muito baixa qualidade e “as tarifas energéticas estão entre as mais altas da região”, pese embora o país seja o segundo maior produtor de energia da África Austral.

Na óptica de Carlos Agostinho do Rosário, compete ao Governo valorizar as potencialidades energéticas existentes com vista a garantir um maior acesso e disponibilidade de energia eléctrica com qualidade para o desenvolvimento das actividades socioeconómicas, consumo e exportação.

A Valdemar Sérgio Jessen, PCA dos Correios de Moçambique, Carlos do Rosário, que falava na quinta-feira (27), na capital moçambicana, no empossamento dos novos governantes, deixou o recado de que a companhia deve imprimir uma dinâmica com vista a tornar o serviço postal mais eficiente e moderno para responder aos actuais desafios de desenvolvimento do país. Devem ainda acelerar o processo de reestruturação, modernização e aproveitamento das estacões postais para a captação de receitas.

Os empossados têm igualmente a missão de aprimorarem a organização e gestão interna das suas instituições e atraírem novos investimentos de empresários de dentro e fora de Moçambique.

“O sucesso do vosso trabalho nas empresas públicas para as quais foram nomeados reside, fundamentalmente, na vossa capacidade de ganhar as mentes dos trabalhadores, primar pelo trabalho em equipa apoiado por um forte conselho de administração e de directores de reconhecida integridade e competência”, recomendou do Rosário.

Por sua vez, os novos dirigentes fizeram declarações de praxe: obterem um bom desempenho nas tarefas incumbidas e enfrentarem os desafios impostos pelas suas missões.

“Eu só queria agradecer aos consumidores e aos parceiros que fizeram com que a EDM fosse o que é hoje. O desafio daqui para a frente é trabalhar para que a empresa alcance um grande desempenho”, disse Magala.

“Os desafios para a empresa nacional Correios de Moçambique são muitos e, sendo uma nomeação que vem de dentro, já conheço os desafios. Estou lá há cinco anos, e tenho que seguir aquilo que são as orientações do Primeiro-ministro, fazer um diagnóstico e continuarmos”, declarou Jessen.

Até à data da sua nomeação, Mateus Magala, que substitui Gildo Sibumbe, exonerado pelo Conselho de Ministros, há uma semana, era representante do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) no Zimbabwe.

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