O presidente de Cuba, Raúl Castro, enviou o primeiro grupo de 165 médicos e enfermeiros à África Ocidental para ajudar a combater o surto do vírus do Ébola, informou a mídia oficial, esta quinta-feira (2).
Os 62 médicos e 103 enfermeiros partiram na quarta-feira para a Serra Leoa, um dos três países da África Ocidental mais afectados pelo vírus, depois de mais de duas semanas de treinamento com especialistas internacionais num hospital de Havana especializado em doenças tropicais, informou o jornal oficial, Granma.
Outros 296 médicos e enfermeiros cubanos irão para Libéria e Guiné Conacri quando concluírem o seu treinamento para ajudar a combater o pior surto do Ébola registado até hoje. A doença já matou pelo menos 3.300 pessoas desde que começou na África Ocidental, em Março.
A epidemia começou numa parte remota da Guiné Conacri e espalhou-se para a Libéria, Serra Leoa, Senegal e Nigéria. Cuba tem mais de 50.000 médicos e enfermeiros espalhados por 66 países, incluindo mais de 4.000 em 32 nações africanas e mais de 10.000 no Brasil.
As missões no exterior são parte de uma diplomacia médica do governo comunista, que oferece brigadas especiais para desastres e emergências e também troca os serviços médicos por bens ou dinheiro, fazendo com que os serviços profissionais sejam um importante artigo de exportação.