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Prime Rate em Moçambique baixa um bocadinho ainda sem reflectir descida da Taxa Mimo

Prime Rate em Moçambique baixa um bocadinho ainda sem reflectir descida da Taxa Mimo

Os bancos comerciais desceram nesta segunda-feira (30) mais um bocadinho o Indexante Único contribuindo para uma pequenina redução da Prime Rate do Sistema Financeiro moçambicano, porém ainda sem reflectirem a descida que taxa de Política Monetária (MIMO) do Banco de Moçambique (BM) teve em Agosto.

No passado dia 14 de Agosto o Comité de Política Monetária (CPMO) do BM decidiu reduzir a sua taxa MIMO de 13,25 para 12,75 por cento em mais uma tentativa de tornar o acesso ao dinheiro mais barato. Contudo esse 1 por cento está a ser reflectido muito devagar para os clientes dos bancos comerciais.

Após essa decisão do BM a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) em vez de baixar também em 1 por cento o Indexante Único e forçar descida igual na Prime Rate em Setembro essas taxas reduziram somente 0,20 por cento. Para Outubro os banqueiros que operam em Moçambique continuaram a não reflectir toda descida da taxa MIMO e baixaram apenas 0,30 por cento.

Portanto em 2 meses que deveriam ter baixado em 1 por cento a Prime Rate os bancos comerciais teimam em reduzir apenas metade mesmo depois do banco central ter também flexibilizados as reservas obrigatória em Meticais o que deveria resultar em maior liquidez para o mercado.

A Prime Rate, taxa única de referência para as operações de crédito de taxa de juro variável e que resulta da soma do Indexante Único e do Prémio de Custo é usada como referencia pelos bancos comerciais no cálculo das taxas de juro para os seus clientes adicionando ainda um spread, que é a sua margem de lucro e risco em função dos tipos de crédito que vendem.

Somando à Prime Rate aos spreads que os três bancos que dominam o Sistema Financeiro praticam o preço do dinheiro acima dos 20 por cento em Moçambique, inviável para a maioria do sector produtivo sério e legal.

Também continua a manter altas as taxas de juro a intransigência dos banqueiros em reverem, em baixa, o seu prémio de custo, que pelo acordo existente deveria ser reavaliado a cada três meses, porém há 2 anos que não é mexido.

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