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Detido, ex-primeiro-ministro de Portugal rejeita acusações “absurdas” de corrupção

O ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, detido preventivamente na semana passada sob acusações de corrupção e fraude fiscal, disse, esta quinta-feira (27), que as acusações contra ele não tinham fundamentos e que a sua prisão foi uma “humilhação gratuita”.

A prisão de Sócrates na semana passada abalou Portugal. Alguns analistas dizem que as acusações podem prejudicar as esperanças do seu partido Socialista, de oposição, actualmente à frente nas pesquisas de opinião, de vencer as eleições parlamentares no próximo ano.

A sua prisão foi a primeira envolvendo um ex-primeiro-ministro de Portugal em período democrático e seguiu outros grandes casos neste ano, à medida que os procuradores e os juízes intensificam a luta contra corrupção num país conhecido pelo seu lento sistema judiciário.

Num carta enviada ao jornal Público e à rádio TSF por meio do seu advogado, Sócrates escreveu: “Em minha legítima defesa, vou refutar as mentiras contadas e fazer com que aqueles que as iniciaram respondam por isso”, através do Judiciário.

“A minha prisão e o meu interrogatório foram um abuso… as acusações contra mim são absurdas, injustas e sem fundamentos, a decisão de me colocar em custódia preventiva é injustificada e representa uma grande humilhação”, escreveu.

O seu advogado disse que ele entrará com uma apelação. depois de um interrogatório de três dias, Sócrates foi acusado, na segunda-feira, de corrupção, fraude fiscal e lavagem de dinheiro. A condenação por corrupção pode chegar a até oito anos de cadeia. Sócrates comandou Portugal entre 2005 e 2011.

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