O território somali autoproclamado autônomo de Puntland, um importante reduto pirata, pediu apoio financeiro internacional para criar uma força que permita combater os ataques contra navios na região.
Durante uma visita oficial a Nairóbi, olpresidente de Puntland, Abdurahman Mohamed Farole, afirmou à AFP que seu governo, que está há três meses no poder, está elaborando planos para organizar um destacamento especial contra a pirataria marítima.
“Esta força de operações teria 2.400 homens, incluindo vários policiais”, declarou Farole, que se reunirá na segunda-feira com membros da comunidade de doadores Farole pretende mobilizar 500 a 600 homens em oito bases principais ao longo da costa de Puntland, no Oceano Índico e no Golfo de Aden. “Administrar uma força deste tipo não precisaria de mais de 20 milhões de dólares por ano, mas o custo inicial, que inclui a construção das bases, das estações de radar e o treinamento, serias um pouco mais elevado”.
Piratas somalis, muitos deles operando na área das costas de Puntland, atacaram mais 130 embarcações e sequestraram quase 50 em 2008. Segundo especialistas, o pagamaento de resgates no ano passado chegou a 50 milhões de dólares.
O aumento da pirataria prejudica uma das rotas comerciais marítimas mais importantes do mundo, o que fez a comunidade internacional enviar forças navais à região.