O Presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), o camaronês Issa Hayatou, garantiu em entrevista a revista “Jeune Afrique”, que não tem qualquer temor, diante das suspeitas sobre a escolha da África do Sul como sede do Campeonato do Mundo de futebol de 2010. “Eu não tenho medo de nada, porque eu não fiz nada. A minha consciência está tranquila. Tudo o que posso dizer é que nós, africanos, fizemos um sorteio para evitar dar a impressão de que havia uma proposta favorita”, disse o dirigente.
Hayatou descartou que havia qualquer acordo firmado para garantir o voto a candidatura sul-africana, e explicou que os quatro africanos que tinham direito a votar na eleição para sede, dividiram os votos entre os dois países que estavam na disputa.
“Éramos quatro. Decidimos dar dois votos a África do Sul e dois ao Marrocos. É a norma da casa”, garantiu Hayatou.
O camaronês descartou que conheça Phaedra Al-Majid, assessora de imprensa da candidatura do Catar para sediar o Mundial de 2022, como afirma a própria denunciante do esquema de corrupção montado para eleger o país asiático. “Nunca tinha visto esta mulher em minha vida. Ela afirma que nos encontramos com pessoas do Catar num hotel em Angola. Onde? Quando? Ela já falou uma vez e depois admitiu que tinha mentido. Um ano mais tarde, renova as acusações. Não me diz nada. Pedem provas e ela não fornece”, indagou Hayatou.