O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, foi transferido na noite deste sábado para a França para realizar exames médicos, depois de sofrer um derrame, que, segundo a agência de notícias oficial argelina, não havia causado danos permanentes.
Bouteflika, que governa por mais de uma década o país do norte da África, produtor de gás e petróleo, teve “ataque isquêmico transitório” ou um mini-derrame no sábado.
O médico Rachid Bougherbal afirmou, de acordo com a agência de notícias, que o impacto do derrame não seria permanente. “O estado de saúde do presidente está progredindo, e ele não sofreu danos irreversíveis”.
Um ataque isquêmico transitório é um bloqueio temporário no fluxo sanguíneo para o cérebro e é considerado um alerta, pois um terço das pessoas que têm esse tipo de ataque acaba sofrendo um derrame mais sério.
Bouteflika, de 76 anos, é parte de uma antiga geração de líderes que têm dominado a política da ex-colónia francesa.
Nos últimos meses, o presidente não tem aparecido muito em público, o que leva a especulações sobre a sua saúde. Ele foi transferido para um hospital militar francês, depois da recomendação dos seus médicos.
O ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, desejou que Bouteflika, “um amigo da França”, se recupere logo.
Durante a recente Primavera Árabe, o governo de Bouteflika evitou os protestos com aumento de salários e empréstimos para os jovens. Mais de 70 por cento dos argelinos têm menos de 30 anos, e 21 por cento dos jovens não têm emprego.