Não foram apenas os candidatos ao prêmio Bola de Ouro da FIFA ou de Treinador do Ano que brilharam esta segunda-feira, 10 de janeiro, em Zurique. Pelo segundo ano consecutivo, os onze melhores jogadores do mundo também reuniram-se para receber o prêmio FIFA/FIFPro World XI, uma eleição da qual participaram cerca de 20 mil jogadores dos mais diversos cantos do planeta. E desta vez, a lista foi dominada pelos espanhóis, que colocaram seis representantes nesta equipe de sonhos, fechando em alta um ano perfeito para o país.
Para começar a seleção, ninguém melhor do Iker Casillas, que, também pelo segundo ano, liderou os votos na posição. “São três vezes consecutivas que estou aqui, duas para a seleção da FIFA/FIFPro. É algo muito gratificante, porque é o reconhecimento dos companheiros de profissão após um ano inteiro tentando fazer o melhor dentro de campo”, destacou.
Na defesa, o Brasil colocou dois representantes, Maicon e Lúcio, ambos companheiros de Seleção Brasileira e da Internazionale. Para o lateral direito, uma eleição que o faz seguir os passos de Cafu e Daniel Alves, outros premiados no passado. “É um momento muito importante da minha vida, mas tenho de agradecer aos meus companheiros da Inter e também aqueles que votaram em mim”, explicou. “Quando o Cafu saiu da Seleção ficou aquela dúvida de quem seria o próximo lateral direito. Mas hoje temos grandes nomes na posição, então suceder Cafu e do Daniel Alves é um presente mesmo.”
Já a Espanha também compareceu com dois, ambos do Barcelona. Para Gerard Piqué, um orgulho a mais pela temporada impecável da Fúria. “É uma honra, porque é um prêmio que foi definido pelos jogadores, que são os que sabem de futebol.”
Já Carles Puyol parabenizou os outros vencedores e ainda arriscou uma pequena mudança na lista. “Creio que os onze eleitos merecem estar aqui, são grandes jogadores. Mas, se tivesse que colocar alguém, escolheria o (Diego) Milito. O problema é que os três atacantes que estão aqui são tão bons que não saberia dizer quem poderia sair.”
No meio de campo, a Espanha – e o Barcelona – também dominaram a eleição, mas tiveram um companheiro de peso. Xavi e Andrés Iniesta, que também concorreram ao prêmio máximo da cerimônia, estavam ao lado de Wesley Sneijder, um dos respnsáveis por levar à Internazionale a tantas conquistas.
No ataque, uma linha semelhante à do ano passado, com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, além do espanhol David Villa. Para o português, a premiação coroa um ano fantástico no Real Madrid, mesmo que ele tenha sido o único entre os selecionados a não ter faturado um título. “Para mim é uma honra, estou aqui pela quarta vez e me sinto como se fosse a primeira. Os jogadores são os que nos conhecem melhor, então é uma sensação muito boa ser eleito”, destacou o astro da equipe merengue.
Para Villa, que fechou o ataque do sonhos, os agradecimentos eram aos companheiros de tantas conquistas, aqueles que em muitas ocasiões o deixaram em condição de marcar os golos na caminhada brilhante da Fúria na África do Sul. “É difícil descrever o sentimento. É um reconhecimento para este ano muito bonito para mim, para a seleção espanhola e para o Barcelona”.