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Povo (ainda) discrimina seropositivos

A MATRAM – o movimento que luta contra estigmatização das Pessoas Vivendo com HIV/Sida – diz que atitudes discriminatórias continuam na ordem dia em todos os segmentos sociais. Lembre-se que esta indignação ocorre depois de no passado 3 de Agosto passado aquele grupo social ter promovido uma marcha contra o fenómeno em simultâneo nas cidades de Maputo, Beira e Quelimane, Sul, Centro e centro-norte do País, respectivamente.

No entanto, nesta quarta-feira, 9 de Setembro, a MATRAM vai divulgar uma com milhares de assinaturas dos contra-estigmatização dos seropositivos. Desde que o Ministério da Saúde (MISAU) tomou a decisão de encerrar os hospitais-dia a nível nacional estalou a angústia e a incerteza no seio dos seropositivos.

Estes dizem não saber o que será das suas vidas num futuro próximo, caso permaneçam acções de discriminação contra este grupo sensível de pacientes por parte dos profissionais de saúde afectos ao Sistema Nacional (SNS) onde estão integrados os serviços de tratamento para as pessoas que vivem com aquela doença.

O MISAU decidiu ano passado encerrar os hospitais-dia (clínicas especializadas para seropositivos) alegando serem focos de discriminação e fontes que aumentam estigma em relação à doença.

Actualmente, um grosso número dos doentes que recebiam o tratamento nos hospitais-dia já foi integrado nos serviços nacionais de saúde. Mas recentemente o ministro da Saúde, Ivo Garrido, disse avançou a hipótese de voltar atrás: reinstalar os hospitais-dia.

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